Leandro Fortes: "Hebe era conservadora e reacionária, malufista de carteirinha e usava aquele sofá cheio de subcelebridades para se autopromover como rainha da felicidade e da alegria de viver"
por Paulo Jonas de Lima Piva
Na foto acima, de preto, segurando uma bandeira do Brasil, a
apresentadora Hebe Camargo, enterrada ontem, discursando em 2007, na
Praça da Sé, na manifestação do "Cansei", movimento organizado pelo vice
de Celso Russomano, por socialites e outros setores ultradireitistas da
elite paulistana, para derrubar o governo Lula. Não passou de uma
malsucedida e grotesca tentativa de ressuscitar a famigerada "Marcha da
Família com Deus pela Liberdade" que levou ao golpe militar de 1964.
*********************
Hebe e o efeito manada
por Leandro Fortes
A quantidade de homenagens em programas de TV e chororôs ensaiados pela
morte de Hebe Camargo nada tem a ver com o tamanho da personagem em
questão, mas com o senso comum que se criou em torno da "rainha" da TV
brasileira - o que, aliás, revela muito sobre o tema.
Eu não acredito que pessoas inteligentes achassem Hebe Camargo
minimamente interessante. Tinha, claro, seus méritos no mundo da
televisão, muito mais por ter sido longeva do que, de fato, relevante.
Eu, particularmente, jamais consegui assistir um programa dela inteiro.
As entrevistas eram primárias e afetadas, e toda aquela encenação de
perua loira enlouquecida era mais do que falsa: Hebe era conservadora e
reacionária, malufista de carteirinha e usava aquele sofá cheio de
subcelebridades para se autopromover como rainha da felicidade e da
alegria de viver.
Para mim, sempre foi uma triste figura.
Fonte: http://www.facebook.com/leandro.fortes.146
Nenhum comentário:
Postar um comentário