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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 13, 2012

Obras de Arte no Metro de Teerã (qui nem no metrô do Serra)

 do Jader Resende
via GilsonSampaio
buscado no Cha de Lima da Persia
O Metro de Teerã que opera desde 1999, além de ser um dos maiores do Oriente Médio também é uma verdadeira galeria de arte moderna, a qual milhares de pessoas que transitam pela cidade visitam diariamente. Esse sistema de transporte subterrâneo que é muito mais limpo e organizado do que as ruas que ficam logo acima, contém um estilo decorativo único. São interessantes relevos esmaltados, gravuras e esculturas que misturam diferentes estilos que vão das escolas de arte clássica ao futurismo.
Veja alguns exemplares das obras de arte que embelezam a Linha 2 do Metro de Teerã.

Estação Navab
Bazaar de Teerã, por Parchami
Relevo em cimento,  5 x 1,90 m


Estação Tarasht
Touro Alado, por Elham Ashrafi
Painel de concreto,  5,40 x 2,22 m


Estação Universidade de Sharif
Simorgh, por Hayedeh Seirafi,
Painel de cerâmica esmaltada, 5,40 x 2,40 m


Estação Universidade  de Sharif
Jarros, por Hayedeh Seirafi
Painel de cerâmica esmaltada,  5,40 x 2,40 m


Estação  Sadeghieh:
Deserto Salgado por Jamali
Painel de cimento,  5 x 2 m


Estação  Sadeghieh
Dia, por Katayoun Moghadam
Painel em cerâmica esmaltada, 3 x 2 m


Estação Sadeghieh
Perspectiva, por Abbas E Moghadam
Painel em cerâmica esmaltada, 3 x 2 m


Estação Sadeghieh
Takht-e Jamshid (Persepolis), por Jamali
Painel de cimento, 5,20 x 2,20 m


Estação Sadeghieh
Combinação,  por MR Vakili,
Painel em cerâmica,  6 x 3 m


Estação Azadi
Combinção de pintura e linhas, por Reza Jamiyan
Painel em metal,  5,40 x 2,40 m


Estação Azadi
Tempo de Verão, por  Mehdi Heidari
Painel em cerâmica,  4,95 x 2,40 m


Estação Imam Khomeini
Teerã no Passado, por  Abbas E Moghadam
Painel em cerâmica, 4 x 2,40m


Estação Majles
Shams-ol Emareh, por Ghahremani
Painel de azulejos,  5 x 2,40 m


Estação Majles
Vôo, por Mohammad Salariyan
Painel em Metal, 5 x 2,40 m


Estação Hassan Abad
Maçã, por Ali Asghar Golnari
Painel em Metal, 4,80 x 2,20 m

Fotos tiradas do site de Sohail Forouzan-sepehr
Outras fotos abaixo buscadas por Jader Resende no  Sohail Forouzan-sepehr

Estação Khordad 15 - Hall de Bilheteira


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