Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, abril 05, 2013

FIFA não proíbe a venda dos acarajés e sim as baianas pelo cheiro forte causado do material utilizado pelas baianas
Cuma??? vão chamar as redes de fast food para fazer os acarajés?
Baianas protestam contra proibição na frente da Arena Fonte Nova


A discussão sobre a venda de acarajé pelas baianas dentro da Arena Fonte Nova voltou à tona na manhã desta sexta-feira (5). Devido a inauguração do estádio que acontece nesta manhã com a presença da presidente Dilma Rousseff, as baianas se concentraram na frente da Arena para protestar contra a suposta proibição de acesso delas ao estádio.
Segundo a gestora do Memorial das Baianas, Maura Cristina, o objetivo do protesto que envolve cerca de 50 baianas, é ressaltar importância das baianas na cultura baiana. "O ofício das baianas de acarajé é um patrimônio imaterial tombado e deve ser respeitado", alertou a gestora.
De acordo com Maura, a FIFA não proíbe a venda dos acarajés no estádio e sim as baianas por conta do cheiro forte causado com o manuseio do material utilizado pelas baianas. "A cultura é isso. É tabuleiro, baiana, dendê e tudo que envolve. Não se pode acabar com a cultura para satisfazer os patrocinadores e vender acarajé de microondas", disse.
Além do protesto, as baianas buscam a entrega de uma petição pública que reúne cerca de 16 mil assinaturas, em que solicita a permissão da venda dos acarajés através das baianas dentro da Arena. O abaixo-assinado pode ser verificado no site da Associação Nacional das Baianas.
Vale lembrar, que uma pesquisa no início deste ano, apontou as baianas em primeiro lugar em qualidade no atendimento. Sete em cada dez soteropolitanos avaliam o atendimento das baianas como bom ou ótimo.
Matéria original: iBahia
*mariadapenhaneles

Nenhum comentário:

Postar um comentário