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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, abril 08, 2013

Margaret Thatcher's death greeted with street parties in Brixton and Glasgow


Crowds shout 'Maggie Maggie Maggie, dead dead dead' during impromptu events

Thatcher death party
People in Brixton, south London celebrate the death of Margaret Thatcher. Photograph: Danny E. Martindale/Getty Images

Several hundred people gathered in south London on Monday evening to celebrate Margaret Thatcher's death with cans of beer, pints of milk and an impromptu street disco playing the soundtrack to her years in power.
Young and old descended on Brixton, a suburb which weathered two outbreaks of rioting during the Thatcher years. Many expressed jubilation that the leader they loved to hate was no more; others spoke of frustration that her legacy lived on.
To cheers of "Maggie Maggie Maggie, dead dead dead," posters of Thatcher were held aloft as reggae basslines pounded.
Clive Barger, a 62-year-old adult education tutor, said he had turned out to mark the passing of "one of the vilest abominations of social and economic history".
He said: "It is a moment to remember. She embodied everything that was so elitist in terms of repressing people who had nothing. She presided over a class war."
Builder Phil Lewis, 47, a veteran of the 1990 poll tax riots, said he had turned out to recall the political struggles the Thatcher years had embroiled him in. "She ripped the arsehole out of this country and we are still suffering the consequences."
Not all those attending were old enough to remember Thatcher's time in power. Jed Miller, 21, clutching a bottle of cider, said: "She was a bit before my time, but family never had anything good to say about her."
Not all were there to celebrate. Student Ray Thornton, 28, said he was there to commemorate "victims" of Thatcherism. "It is a solemn day. It is important to remember that Thatcherism isn't dead and it is important that people get out on the street and not allow the government to whitewash what she did," he said.
Unemployed Kiki Madden scrawled "you snatched my milk and our hope" on a fence and said she felt slightly guilty taking delight in Thatcher's death, "but in the end I can't deny the fact that Thatcher made me so unhappy when I was a kid. I grew up in Liverpool and all my friends' dads lost their jobs on the docks under Thatcher. It was an awful time."
Alex Bigham, a local Labour councillor, condemned the event, taking to Twitter to brand it disgraceful.
Glasgow party Celebrations of Margaret Thatcher's death in George Square, Glasgow. Photograph: Jeff J Mitchell/Getty Images In Glasgow, more than 300 people gathered in the city centre for an impromptu party, organised on Twitter.
Members of organisations including the Anti-Bedroom Tax Federation, the Communist party, the Socialist party, the Socialist Workers party and the International Socialist Group, were joined by members of the public in George Square.
A chorus of "so long, the witch is dead" erupted, along with chants of "Maggie Maggie Maggie, dead dead dead," from the gathering as champagne bottles were popped.
*theguardian

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