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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 30, 2015

¿Por qué EE.UU. debe 6,4 billones de dólares a los descendientes de esclavos?


USA Library of Congress
"La esclavitud hizo que Estados Unidos se enriqueciera, y las políticas racistas han impedido desde entonces que los afroamericanos acumulen riqueza en Estados Unidos", afirman los columnistas Jeff Neumann y Tracy Loeffelholz. Estiman en 6,4 billones de dólares la cifra que EE.UU. les debe a los ciudadanos descendientes de esclavos.
Los autores aducen la declaración del general William T. Sherman, que durante la Guerra de Secesión aseguró a sus esclavos que cada uno de ellos tendría cuarenta acres de tierra y una mula. Eso se traduce en 20 dólares semanales para los 3,9 millones de esclavos que vivían en EE.UU. a finales del siglo XVIII. En total esta cifra aumentaría a 800 millones de dólares, una cantidad que, teniendo en cuenta la inflación actual, equivaldría 6,4 billones de dólares, reza una infografía de la revista 'Yes'.
Los autores también afirman que si se hubiera implementado realmente la medida de confiscar las tierras de los antiguos propietarios de fincas esclavistas, la brecha económica entre blancos y negros en EE.UU. no sería tan enorme. 
Cabe destacar que en 1856, justo antes de la emancipación, los negros poseían el 0,5% de la riqueza nacional y más de cien años más tardes, en 1990, la cifra apenas alcanzaba el 1%.
*RT

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