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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 28, 2015

PArada Gay mera coincidência


Mera coincidência?

by Zé Celso
Roderick Himeros em cena de O Banquete. Foto Fernando Lima
Roderick Himeros em cena de O Banquete. Foto Fernando Lima
Semana da Ressurreição do Corpo do Christo Ressucita
a maior Parada Gay do mundo 
y  
o Teat(r)o  Oficina atua direto no assunto.
Por isso nós, Artistas do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona
saudamos 
a Semana  da Ressurreição do Corpo de Cristo, 
justamente sincrônica 
à Semana da Parada Gay, 
que torna rhealmente Epifânica esta data 
em que o Amor de Jesus sai do Armário 
Nossa saudação está na materialização 
da nossa atuação músico teatral 
de 5ª e 6ª, com a peça de Artaud Pra dar um fim no juízo de deus,
y Sábado, com a peça de Platão Sócrates O Banquete 2015
No Domingo damos uma Parada 
pra podemos estar presentes nesse fenômeno sacro religozozo:
a “Parada Gay 2015”
Porque a Parada Gay cai sempre nesta semana Milagrosa?
Nós, tecno artistas, temos respostas excitantes pra essa pergunta
nos nossos dois Espetáculos Rituais
OficinaUzynaUzona
*ZECELSO

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