Professores estaduais de SP decidem manter greve, que caminha para ser a mais longa da história
Em assembleia realizada no vão livre do Masp, na capital, os docentes optaram pela continuidade da paralisação, que chega ao seu 75º dia, próximo à marca atingida pela maior greve da categoria, em 1989, que durou 80 dias
Por Redação
Professores da rede estadual de ensino de São Paulo estão prestes a completar o maior período em greve da história da categoria. Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (29) no vão livre do Masp, na capital, os docentes decidiram manter a paralisação que completa hoje 75 dias. Como a próxima assembleia acontecerá em, no mínimo, uma semana, a greve deve ultrapassar a de 1989, até então a mais longa, com duração de 80 dias.
De acordo com a Apeoesp, cerca de 30% dos docentes de todos os municípios do estado aderiram à paralisação. O número chegou a ser maior, mas alguns professores voltaram ao trabalho depois que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) determinou o corte de ponto dos grevistas. Para a presidenta do sindicato, Bebel Noronha, a medida é “autoritária” e funciona como um “cala boca”.
“O governador precisa parar com esse negócio de calar a boca de funcionário público. Ele tem poder de descontar salários! Greve que é resolvida assim não é resolvida, é empurrada”, disse nesta semana em entrevista coletiva.
Além da principal pauta – que é o reajuste de 75,33% no salário para equiparar com as demais categorias, conforme determina meta do Plano Nacional de Educação (PNE) – os docentes paulistas reivindicam, entre outros pontos, o fim das salas de aula superlotadas e do assédio moral, fim dos descontos das licenças médicas, pagamento dos dias parados, reposição das aulas e protestam contra a criminalização do movimento grevista.
Foto: Inacio Teixeira/Coperphoto/Jornalistas Livres
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