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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 03, 2012

EUA: responderemos a qualquer ameaça do Irã na América Latina

A situação está ficando cada vez mais crítica é o que se pode deduzir das diveras notícias que podemos ver todos os dias nos diversos meios de informação, ao que parece a "Agenda" está a andar a passos largos, só espero que nós latino-americanos não fiquemos feito o marisco, entre o rochedo e o mar. Os "cowboys" além de pretenciosos são muito arrogantes.

Tibiriçá



A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, reconheceu nesta quarta-feira sua "preocupação" pelos relatórios sobre avanços militares do Irã e do grupo libanês Hezbollah na América Latina, e garantiu que Washington responderá a qualquer ameaça que apresentem na região. "Tomaremos ações apropriadas para resistir a qualquer ameaça que possa surgir das atividades do Irã e do Hezbollah no hemisfério", afirmou Hillary em uma audiência perante o Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.

A secretária de Estado se mostrou preocupada pelos informes que algumas organizações de tráfico de droga na América Latina "estão vinculadas ao Hezbollah e ao Irã", mas ressaltou que os EUA "não encontraram informação que comprove muitas dessas acusações". "Porém, certamente, o recente incidente relacionado com a tentativa de assassinato do embaixador saudita é uma chamada de atenção que cria uma dúvida muito grande", destacou.

Hillary Clinton se referia ao suposto complô descoberto em outubro para assassinar o embaixador da Arábia Saudita em Washington, Adel al Jubeir, que os EUA atribuíram ao Irã e que seria executado por um cartel do narcotráfico no México. "Continuamos buscando laços diretos com o Irã e mantemos um contato muito intenso com nossos aliados no hemisfério, tanto para educá-los sobre os perigos que representam o Irã e o Hezbollah como para trabalhar com eles para melhorar nossa cooperação de inteligência", declarou.

A secretária de Estado lembrou que o governo de Barack Obama estendeu no ano passado as ações impostas em 2008 à Companhia Anônima Venezuelana de Indústrias Militares (CAVIM) "por violar uma proibição sobre o uso de toda tecnologia que pudesse ajudar o Irã no desenvolvimento de armas (nucleares)". "Portanto, se encontramos informação que possamos verificar, estamos comprometidos a atuar", acrescentou Hillary.

"Mas o que estamos vendo, por outro lado, é que nossos aliados na América Latina estão entendendo de verdade os desafios, e isso nos encoraja", continuou. Hillary deu como exemplos a assinatura por parte de Brasil, México, Chile e Argentina de uma resolução sobre o Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e o voto desses três primeiros países para criar a figura de um relator especial da ONU sobre os direitos humanos na República Islâmica.

"Estamos vigiando esta situação de perto e estamos construindo uma coalizão internacional e hemisférica muito forte contra qualquer esforço do Irã e do Hezbollah em nossa área", ressaltou a secretária de Estado. O testemunho de Hillary aconteceu em resposta às perguntas da congressista republicana Ileana Ros-Lehtinen, que mostrou sua preocupação com os informes que Teerã começou a enviar membros de suas forças de elite a suas embaixadas na América Latina.

Ileana também se referiu à viagem que o líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, fez em janeiro à Venezuela, Nicarágua, Cuba e Equador, e que a secretária de Estado definiu como "uma tentativa desesperada de buscar amigos".

Fonte: http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/4964/EUA--responderemos-a-qualquer-ameaca-do-Ira-na-America-Latina

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