Apagão dos transportes em São Paulo não merece editorial?
O Folhão trouxe neste
feriado (ontem) um editorial cobrando das autoridades a "precariedade"
em que se encontram os aeroportos brasileiros, e das companhias aéreas
que cumpram a determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e
publiquem em seus portais o percentual de vôos atrasados e cancelados.
O editorial cobra o governo quanto a necessidade de maior fiscalização
no setor por parte da ANAC. Até aí, tudo bem, realmente são 33 milhões
de passageiros/ano viajando pelos ares, brasileiros que felizmente,
agora sim, podem dispor de um transporte, de um benefício antes
destinado a poucos. É natural que problemas ocorram e perfeito que o
jornal cobre essas mudanças da parte do governo.
Agora, eu fiquei pensando neste conceito de situação de "precariedade".
Ela existe não só para os 33 milhões de brasileiros que agora sim podem
voar mas, também, para aqueles 4 milhões de paulistanos que dia sim e no
outro também sentem na pele precariedade parecida.
Caos nos transportes públicos em São Paulo? Quem disse?
São os que
se utilizam do metrô e dos transportes de subúrbio da Companhia Paulista
de Trens Metropolitanos (CPTM), que não apenas trafegam como sardinhas
em lata pelos trilhos de São Paulo, mas tem que aguentar lentidão e
panes sucessivas nos sistemas de trens e metrô, os mais lotados do
mundo.
E, mais, trafegam desde o choque dos dois três na Linha 3 do Metrô há
duas semanas sob uma grande insegurança, fruto da ineficiência acumulada
por sucessivas administrações tucanas ao longo dos últmos 30 anos no
Estado. Desconforto, precariedade, insegurança, desrespeito ao
trabalhador que precisa chegar no horário ao local de trabalho e merece
voltar em segurança para o lar.
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