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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 20, 2012

Dilma na Rio+20: erradicar a pobreza é o desafio

Dilma na Rio+20: erradicar
a pobreza é o desafio

“Estamos introduzindo o objetivo de erradicação da pobreza como o maior desafio global que o mundo enfrenta”.

Presidenta Dilma Rousseff posa para foto oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


Saiu no Blog do Planalto:


Erradicação da pobreza é o maior desafio global que o mundo enfrenta, diz Dilma na Rio+20


A presidenta Dilma Rousseff ressaltou hoje (20), na cerimônia de abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a importância da inclusão da erradicação da pobreza no documento que será submetido aos chefes de Estado e de governo.

“O texto aprovado consagra avanços importantes e eu queria aqui destacar alguns: estamos introduzindo o objetivo de erradicação da pobreza como o maior desafio global que o mundo enfrenta”, disse.

Segundo Dilma, a Rio-92 estabeleceu um consenso mundial em torno do desenvolvimento sustentável e estabeleceu princípios, tais como o de que os seres humanos estão no centro das preocupações com desenvolvimento sustentável, que devem ser aprofundados na Rio+20.

“Esse princípio ligou, de forma indissolúvel, a agenda ambiental à necessidade de realizar reformas estruturais, capazes de incluir as multidões de homens e mulheres e crianças que viviam e ainda vivem na pobreza e exclusão”.

Dilma pediu ambição aos líderes presentes na Rio+20 para que se construam compromissos firmes com a sustentabilidade. Segundo a presidenta, os líderes têm a responsabilidade, perante a História e perante seus povos, de fazer da Rio+20 o momento de firmar compromissos para o futuro.

“Nossa conferência deve gerar compromissos firmes para o desenvolvimento sustentável, temos de ser ambiciosos, o texto, aprovado pelas consultas pré-conferência, representa o consenso entre os diversos países aqui presentes. É o resultado de grande esforço de conciliação e aproximação de posições para avançarmos concretamente na direção do futuro que queremos. Representa, antes de tudo, uma decisão de não retroceder de nenhuma forma os compromissos que assumimos em 1992″.
Em tempo: Dilma subordinou o Verdismo da Sustentabilidade Sustentável à política de inclusão  social dela e do Nunca Dantes.

Ela esta mais preocupada  em inchar a Classe C do que em encher a Classe A de Verde.

Deixa essa tarefa (inutil) para o PiG (*) Chic.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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