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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 17, 2012

'Jesus quer você para matar infiéis', diz trabalho escolar sobre cruzadas


Em letras miúdas, o cartaz também diz:
"Obtenha um bilhete grátis para o céu"
Em uma escola de Fresno, na Califórnia (EUA), um professor de história pediu a cada um dos estudantes da 7ª série que um fizesse um cartaz com base no que aprenderam sobre as cruzadas, as guerras santas promovidas pela Igreja Católica entre os séculos 9 e 13 para manter o domínio sobre a cidade de Jerusalém.

Um garoto desenhou um Jesus entre as inscrições: “Eu quero você para matar os infiéis”. Em letras pequenas, na parte de baixo, escreveu: “Encontrar-me em Jerusalém” e “Obtenha um bilhete grátis para o céu”.

O cartaz fez parte de uma exposição no saguão da escola de trabalhos de estudantes, criando uma polêmica com repercussão na imprensa.

O rabino Rick Winer, do Templo Beth Israel, insinuou que a escola estava incentivando ódio aos judeus e argumentou que, no caso, os estudantes deveriam ser orientados a produzirem imagens de paz, em oposição às de horror.

Chris Alfaro
Alfaro, pai do menino,
criticou a escola
Chris Alfaro (foto), pai do menino, criticou a escola por ensinar algo inapropriado para estudantes daquela faixa etária.

Ele pediu à direção da escola que tirasse o cartaz da exposição. “A imagem vai contra tudo o que eu acho que o cristianismo representa”, disse ele à ABC.

Após a repercussão, Alfaro e direção da escola se reuniram para chegar a um entendimento.

Quanto ao garoto, ele merece nota 10, porque demonstrou que apresentou direitinho o que foram as cruzadas.

Com informação da ABC News.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz1y4fF69G4

Justiça condena TJs a indenizar vítima de abuso em US$ 28 milhões


Candace Conti
Candace disse que TJs têm uma
política de sigilo para pedofilia
A Justiça de Oakland, Califórnia (EUA), condenou a Watchtower Bible and Tract Society of New York, nome jurídico das Testemunhas de Jeová, a indenizar Candace Conti (foto), 26, em US$ 28 milhões (R$ 57 milhões) por abuso sexual que ela sofreu na adolescência por parte de um integrante da religião. Desse total, US$ 21 milhões são a título de punição e R$ 7 milhões para compensar danos físicos e morais.

Trata-se do maior valor individual de indenização já concedido nos Estados Unidos em caso de pedofilia. Jim McCabe, advogado das TJs, disse que vai recorrer da decisão.

Conti afirmou no processo judicial que dos 9 aos 10 anos de idade (1995-1996) foi abusada por Jonathan David Kendrick (na foto abaixo), 58, da congregação de Fremont, Califórnia. Segundo ela, os anciões (pastores das TJs) sabiam que Kendrick já tinha sido condenado em 1994 por violentar uma menina e eles mantiveram o caso em segredo, colocando sob risco as filhas dos fiéis.

Jonathan David Kendrick, Testemunha de Jeová
Dirigentes sabiam que
Kendrick era pedófilo
Ela afirmou que os anciões seguiram instrução dada em 1989 pelos líderes nacionais da religião segundo a qual os casos de pedofilia envolvendo dirigentes de congregações tinham de ser mantidos em segredo.

Em 2004, Kendrik foi condenado mais uma vez pelo mesmo crime, e o seu nome foi inserido no cadastro público de predadores sexuais.

Conti disse à imprensa que decidiu recorrer à Justiça não só por causa dos danos psicológicos que sofreu, mas também para obrigar as TJs a deixarem de acobertar os pedófilos, preocupando-se em proteger as crianças. McCabe negou que tenha havido uma política de sigilo para os casos de crianças.

"Nada pode trazer de volta a minha infância", disse Conti. “Mas essa condenação vai acabar com o acobertamento da pedofilia nas TJs.”

Com informação do Huffington Post, entre outras fontes.

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