ONU e teles querem criar tarifa sobre acessos ao Google e Facebook fora dos EUA
A ONU está planejando criar uma nova taxa de Internet que poderá dificultar o acesso a sites de alto tráfego, como Google, Facebook e Netflix ,
especialmente pelos usuários de países em desenvolvimento, como o
Brasil. A ideia estaria presente em um documento vazado da União
Internacional de Telecomunicações (ITU), organização responsável por
padronizar e regular as ondas de telecomunicações do mundo.
Facebook é um dos sites que está na mira do novo
imposto sobre acessos internacionais (Foto:
Reprodução)
imposto sobre acessos internacionais (Foto:
Reprodução)
O projeto é apoiado por um grupo representado por empresas de
telecomunicações de 35 países, que estão pressionando a ITU para que
essas taxas sejam cobradas dos sites. Os pesados impostos, estimados em
bilhões de dólares, causariam prejuízos ou diminuiriam o lucro de sites
como o Netflix, que consomem grande quantidade de dados e seriam
obrigados a armazenar seus vídeos em servidores mais próximos aos
clientes para pagar menos taxas. Serviços menores, no entanto, não
teriam recursos financeiros para pagar servidores em outros países.
A proposta afeta a neutralidade da rede, um princípio que defende o
livre acesso às informações disponíveis na Internet. Com o novo imposto,
sites populares pagariam altas taxas para continuar funcionando em
terras internacionais, fora dos EUA. O documento também inclui
negociações secretas que podem alterar os padrões da web e permitir que
governos de vários países monitorem as atividades online da população,
além de restringir o acesso a determinados sites.
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De acordo com Robert Pepper, vice-presidente de tecnologias globais da
Cisco, os serviços com infraestrutura nos Estados Unidos acabariam
rejeitando conexões de usuários de países em desenvolvimento, já que os
custos de comunicação não compensariam. Sally Shipman, gerente sênior de
políticas públicas na Internet Society, acredita que o projeto pode
criar "incertezas comerciais e jurídicas".
Esta não é a primeira vez que um projeto do tipo é proposto. Em 1999, um
relatório da ONU sugeria a criação de uma taxa para envio de e-mails em
países em desenvolvimento. Em 2010, uma ideia semelhante também foi
proposta, mas recusada dias depois.
Via Engagdet.
*juntossomosfortes
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