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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, junho 21, 2012


Cooperativas do MST vendem 15 toneladas de arroz orgânico para Pão de Açúcar

Via MST
Daniel Santini
Da Agência Repórter Brasil
O grupo Pão de Açúcar, principal rede varejista do Brasil, anunciou na tarde desta terça-feira, 19, a compra de 15 toneladas de arroz orgânico produzido pela Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita, ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A transação foi divulgada durante o debate "Segurança e Soberania Alimentar", evento que faz parte das atividades da Cúpula dos Povos, da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
A venda foi apresentada como a maior transação comercial do movimento de camponeses com um mercado feita com o apoio do programa Brasil Sem Miséria, que intermediou a negociação.
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"Parece contraditório, mas sentimos a necessidade de expor e divulgar mais sobre o movimento para a classe média, mostrar que nossa produção é social e ambientalmente sustentável", afirmou Milton Formazieri, da coordenação nacional do MST. O arroz produzido sem veneno no Rio Grande do Sul será encaminhado às lojas da rede no Centro-Oeste. Na embalagens haverá símbolos do MST. O movimento espera até o final do ano manter transações semanais de 10 toneladas.
O Pão de Açúcar diz ter interesse em manter negócios com cooperativas de camponeses ligados ao movimento. "Nossa intenção é ampliar ainda mais estas negociações. Temos a preocupação de pensar na questão ambiental e também na social", afirmou Paulo Pompilio, das Relações Institucionais, que diz que o grupo tem inteção de ampliar as negociações com movimentos sociais e valorizar a produção sem agrotóxicos ou defensivos.
O anúncio foi feito na abertura do evento e foi discutido no debate sobre segurança e soberania alimentar, mediado pelo jornalista Leonardo Sakamoto, diretor da Repórter Brasil.
O representante do Governo Federal, Pepe Vargas, Ministro do Desenvolvimento Agrário, citou a transação como um exemplo da importância de se considerar segurança e soberania alimentar como conceitos que vão além da alimentação pura e simples. "É preciso considerar a dimensão da saúde, ambiental, cultura e social do processo de alimentação. São conceitos importantes e precisamos pensar políticas públicas e segurança alimentar", afirmou. Ele listou o Programa Nacional de Alimentação Escolar como um exemplo de programa estatal semelhante.
O ministro foi questionado sobre o uso maciço de agrotóxicos pela agricultura brasileira, expansão de sementes transgênicos, o Código Florestal e reforma agrária por internautas e participantes, que enviaram perguntas por redes sociais. Admitiu que existem problemas a serem superados, mas defendeu que é preciso ter paciência para avanços. "O neoliberalismo encontra-se em uma profunda crise, mas, como todo sistema em crise, ele não muda de imediato. É um processo que às vezes é mais longo do que a gente imagina". Alguns participantes da plateia vaiaram quando Pepe Vargas defendeu as decisões do Governo Federal relativas ao Código Florestal.
Comércio responsável
Para Renato Maluf, do Centro de Referência e Segurança Alimentar da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, é importante aproveitar o momento para repensar os modelos de produção e distribuição. "É uma crise estrutural do sistema. Temos que aproveitar para debater a maneira como ele se organiza. A lógica comercial pura e simples não funciona mais. Não há mais espaço para as mesmas referências que se vinha usando, para a liberalização radical do mercado", defende. "O Brasil adquiriu muita proeminência internacional, em parte por boas razões, em parte por outras nem tão boas assim. Tem um Brasil que nós da sociedade civil não gostamos. É o que surfa na onda da crise, fatura nas exportações, a partir de um programa agrícola altamente vulnerável", afirma.
"Não estou falando contra o comércio internacional, mas contra um tipo de comércio e produção. Nós temos insistido muito que a gente quer que o governo atue internacionalmente como queremos que atue aqui. E a população tem direito à informação. Somos permanentemente bombardeados por informações enviesadas. É importante o favelado saber o que é soberania alimentar, não só os camponeses. É preciso repensar esse modelo que distanciou produção do consumo e entregou nossa alimentação na mão de três ou quatro transnacionais que, de fato, determinam o que a gente come", afirmou.
As duas participantes internacionais do debate, Karen H-Kuhn, diretora do programa internacional do Instituto para Política de Agricultura e Comércio, que participou por teleconferência, e Esther Penunia, secretária-geral da Associação Asiática de Agricultores, destacaram a importância de se considerar os processos produtivos ao se falar em segurança e soberania alimentar. "Muitas vezes, se fala somente no acesso à comida, sem pensar em como esta comida é produzida, em quem produz", afirmou Karen. "Fazendeiros precisam de terra para produzir. Quando se fala de alimentação, estamos falando da maneira como a gente vive", afirmou Esther.
*GilsonSampaio

Denúncia gravíssima: Não temos laboratórios para verificar toxicidade dos agrotóxicos, diz Anvisa

Via MST

José Coutinho
O Brasil se tornou o país que mais usa agrotóxicos em todo o mundo, fazendo uso inclusive de venenos que forma banidos em outros países, pois foi comprovado que causam danos à saúde, como câncer.
Para Heloísa Rey Farza, médica especialista em toxicologia e técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a legislação permissiva à entrada de agrotóxicos e o sucateamento da agência, que conta com poucos profissionais e nenhum laboratório, permitem a liberação desses venenos no mercado.
"O governo não tem laboratório público para fazer os mesmos testes que exigimos da indústria, que pode apresentar os resultados que quiser. Muitas vezes pegamos fraudes nos estudos e pedimos que sejam refeitos. Mas muitas vezes não pegamos, porque não vimos o teste acontecer", denuncia.
Confira a entrevista de Heloísa à Página do MST.
Quantos técnicos a Anvisa tem?
Atualmente temos 22 técnicos, encarregados de fazer a avaliação toxicológica dos agrotóxicos, entre outras coisas . Nós não registramos agrotóxico. Quem registra é a área a qual o agrotóxico vai servir. Se é para tratamento de florestas, águas superficiais, é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Se for para a agricultura, quem registra é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Ibama, Anvisa e MAPA recebem três dossiês. O nosso é toxicologia, saúde. Se faz mal ou não à saúde, e é nessa base que fazemos nosso trabalho.
Agora, quando nós dizemos que determinado produto pode ser utilizado para agricultura ou meio ambiente, opinião que deve coincidir com a dos outros dois órgãos, nós nos baseamos na legislação atual, que não protege a saúde da população. Pelo contrário, ela é permissiva.
Por exemplo, a legislação só permite tirar um produto cancerígeno do mercado se ele for cancerígeno para dois tipos de animais nos testes. E quem fornece para nós os documentos de testes em animais?  A indústria.
O que o governo pode fazer para atestar?
O governo não tem laboratório público para fazer os mesmos testes que exigimos da indústria, que pode apresentar os resultados que quiser. Muitas vezes pegamos fraudes nos estudos e pedimos que sejam refeitos. Mas muitas vezes não pegamos, porque não vimos o teste acontecer. Se o agrotóxico é cancerígeno para uma espécie, mas não para outra, estamos de punhos amarrados e temos que liberar, mesmo se soubermos que provavelmente houve fraude. Nós é que temos de provar que o produto é cancerígeno, não a indústria. Na realidade, o que acontece é essa inversão de provas, com o governo tendo de provar que faz mal à saúde e não a indústria tendo que provar que não faz mal á saúde. Por conta dessa legislação antiga, acabamos obrigados a liberar muita coisa que não queremos.
Por que a Anvisa não tem uma estrutura maior?
Não podemos contratar funcionários via concurso público por causa do inchamento do setor público. Fizemos uma contratação para a Anvisa em 2005, mas muitos do que entraram já saíram, pois o salário é muito baixo.  Médicos, por exemplo, não param na Anvisa por causa do salário. Com isso, a equipe vai empobrecendo, porque tem que ser multidisciplinar. A Agência de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês), órgão semelhante à Anvisa nos Estados Unidos, conta com 500 funcionários que fiscalizam as empresas e analisam os agrotóxicos . Eles consomem menos agrotóxicos que nós.
Como é feita a análise toxicológica?
Nós temos um arcabouço que dá segurança na análise. A Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD, sigla em inglês) estabeleceu parâmetros para estudos de laboratório. Criou documentos que guiam as formas pelas quais os testes devem ser feitos. O que nós não temos como controlar é se tudo o que está dito no dossiê das empresas realmente foi feito. Por isso, não há como saber se os resultados apresentados são reais.  Temos mecanismos para impor algumas regras na análise, como seguir à risca a legislação e as regras da OECD, mas não podemos garantir que o resultado apresentado pela indústria seja verídico.
A nossa atividade é controlar para ver se não há inverdade no que nos escrevem. Se houver alguma dúvida, pedimos para que refaçam. Além disso, comparamos os dados que nos são enviados com o que tem na literatura sobre toxicologia. Eventualmente, consultamos também agências reguladoras de outros países, como a Alemanha, para ver a situação desses produtos a nível internacional.
Tomamos todas as medidas possíveis para não deixar passar inverdades, mas se tivéssemos laboratórios públicos para fazer testes - não todos, porque sairia muito caro, mas pelo menos para refazer aqueles dos quais duvidamos - seria uma grande diferença. Se tivéssemos também mais gente na equipe para analisar de uma maneira mais profunda, avançaríamos mais.
O que nós temos feito para melhorar a análise são cursos de formação para os técnicos da área de gerência em toxicologia. Todos nossos técnicos são especialistas em toxicologia. Estamos terminando agora um curso de mestrado no tema, que a metade da nossa equipe fez e esperamos conseguir fazer para a outra metade. Depois dos cursos, houve uma melhora nítida na qualidade das análises.  O senso crítico é maior, a percepção das inverdades é maior, as decisões são ponderadas de forma mais científica, sem achismos ou consulta à literatura externa.
Qual a sua avaliação da Campanha contra os agrotóxicos?
São nossos parceiros, porque tanto eles quanto nós temos o interesse de que a população seja preservada dos efeitos nocivos dos agrotóxicos. Nós temos contribuído fornecendo subsídios e informações, que são o nosso papel. Fornecemos toda informação em toxicologia que é solicitada. Sempre participamos de palestras sobre agrotóxicos quando nos pedem.
Qual a sua opinião sobre a questão do agronegócio começar a adotar o discurso da agricultura sustentável?
O agronegócio não tem muita escolha. Produzir novos agrotóxicos está saindo muito caro. Gasta-se bilhões de dólares.  Além do mais, não é possível inventar moléculas infinitamente. Há poucos átomos existentes na natureza que possam ser combinados. Há 30 ou 40 anos para achar um ingrediente ativo que fosse eficaz do ponto de vista agronômico, era preciso pesquisar em torno de 1300 moléculas novas. Atualmente, para achar um ingrediente ativo novo, é preciso pesquisar 200.000 moléculas novas. Isso custa muito caro.
Não é mais rentável?
Não é mais rentável produzir agrotóxicos novos. As seis grandes indústrias de agrotóxicos têm pesquisado muito pouco os ingredientes ativos, tanto que nos apresentam pouca coisa. A própria indústria química, a de agrotóxico em particular, está reduzindo seu investimento. Aí surge a apropriação do discurso da agricultura sustentável, que é um discurso que mostra como essas corporações vão evoluir.
Daqui há pouco, eles próprios vão começar a falar mal de agrotóxico. O interesse das corporações está se voltando para a compra de sementes. Elas estão comprando sementeiras no mundo inteiro, de tudo. Não é apenas de soja, algodão, cana ou milho. Todo tipo de semente está sendo comprada. Se essas empresas mudarem uma vírgula na composição genética dessas sementes, elas passam a ser patenteadas. Esse é o nível em que a agricultura está chegando. O pagamento de royalties pelas sementes vai fazer com que se pague cada vez mais caro para produzir alimento. 
E o que fazer para evitar este quadro?
A primeira coisa é a população se dar conta do que está acontecendo. No caso dos agrotóxicos, a sociedade acordou para o problema quando o investimento neles está praticamente no fim da linha. Agora, é preciso intervir antes que a situação se instale de uma vez por todas. Cabe à população agir. E a população organizada é a primeira a se movimentar.
Os pequenos agricultores e as associações de agricultores devem começar a levantar este problema e fazer com que as pessoas ouçam, mostrando que estamos correndo um novo risco. Não só o de continuar consumindo agrotóxico, que serão produzidos até o último suspiro dessa indústria em particular, mas também prevenir que mais tarde sejamos obrigados a comprar sementes patenteadas de todos os alimentos.  
*GilsonSampaio

Manifestação contra o Código Florestal reúne 50 mil pessoas no centro do Rio

Agência Brasil
Protesto coletivo aproveitou a abertura oficial do Rio+20 (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil)
Rio de Janeiro – Milhares de pessoas participaram na tarde de hoje (20) de uma grande manifestação no centro da capital fluminense. Participaram do movimento diversas entidades ligadas a movimentos sociais, organizações não governamentais (ONGs), índios, ambientalistas e cientistas que estão no Rio de Janeiro para a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, além de servidores estaduais e federais. Eles ocuparam as duas principais vias do centro da cidade, a avenida Rio Branco e parte da avenida Presidente Vargas.
O protesto coletivo aproveitou a abertura oficial da Rio+20, que foi feita hoje pela presidenta Dilma Rousseff, no Riocentro, reunindo cerca de 100 chefes de Estado e de Governo. Mesmo com a chuva fina que caía na cidade, os manifestantes não perderam a empolgação na passeata, animada com vários trios-elétricos, tamborins, apitos e pessoas fantasiadas, como um grupo de jovens que se caracterizou de viúvos e encenou um velório no qual o caixão simboliza o novo Código Florestal.
"Eu estou aqui presente na Cúpula dos Povos para gritar em socorro da Amazônia que está sendo destruída sistematicamente, se transformando em capital e, com isso, o Brasil e a humanidade vão se prejudicar", disse João Gierse, 51 anos, morador de Roraima, que se caracterizou de Floresta Amazônica para chamar a atenção das autoridades quanto ao desmatamento e às queimadas que estão devastando a floresta.
Outro manifestante que fez questão de participar do ato foi o representante do movimento Coletivo Curupira do Brasil pelas Florestas, José Prata, 60 anos, que ressaltou que é dever de todos lutar pela causa ambiental.
"Eles (os participantes da Rio+20) estão discutindo a tal da economia verde para dar uma melhoradinha no capitalismo brasileiro e sobrou para a sociedade vir para a rua se manifestar. Nós queremos que a Dilma atue diretamente na questão ambiental. Nós precisamos cancelar esse malfadado Código Florestal e substituí-lo por uma legislação moderna de forma cientifica e não na marra", disse.
A manifestação foi acompanhada de perto por policiais militares, guardas municipais e operadores de trânsito. Um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública sobrevoou a região. Nenhum incidente foi registrado.
*GilsonSampaio

quarta-feira, junho 20, 2012

É uma oração mundial, traduzida em mais de 70 línguas e dialetos.



Do ponto de Luz na Mente de Deus,
Flua luz às mentes dos homens.
Desça a luz sobre a Terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus,
Flua amor aos corações dos homens.
Volte Cristo à Terra.

Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens;
O propósito que os Mestres conhecem e servem.

Do centro a que chamamos a raça dos homens,
Cumpra-se o Plano de Amor e Luz

E feche-se a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder
restabeleçam o Plano na Terra

A Grande Invocação pertence a toda humanidade e não a alguma religião ou grupos.

É uma oração mundial, traduzida em mais de 70 línguas e dialetos.

Dilma na Rio+20: erradicar a pobreza é o desafio

Dilma na Rio+20: erradicar
a pobreza é o desafio

“Estamos introduzindo o objetivo de erradicação da pobreza como o maior desafio global que o mundo enfrenta”.

Presidenta Dilma Rousseff posa para foto oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR


Saiu no Blog do Planalto:


Erradicação da pobreza é o maior desafio global que o mundo enfrenta, diz Dilma na Rio+20


A presidenta Dilma Rousseff ressaltou hoje (20), na cerimônia de abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a importância da inclusão da erradicação da pobreza no documento que será submetido aos chefes de Estado e de governo.

“O texto aprovado consagra avanços importantes e eu queria aqui destacar alguns: estamos introduzindo o objetivo de erradicação da pobreza como o maior desafio global que o mundo enfrenta”, disse.

Segundo Dilma, a Rio-92 estabeleceu um consenso mundial em torno do desenvolvimento sustentável e estabeleceu princípios, tais como o de que os seres humanos estão no centro das preocupações com desenvolvimento sustentável, que devem ser aprofundados na Rio+20.

“Esse princípio ligou, de forma indissolúvel, a agenda ambiental à necessidade de realizar reformas estruturais, capazes de incluir as multidões de homens e mulheres e crianças que viviam e ainda vivem na pobreza e exclusão”.

Dilma pediu ambição aos líderes presentes na Rio+20 para que se construam compromissos firmes com a sustentabilidade. Segundo a presidenta, os líderes têm a responsabilidade, perante a História e perante seus povos, de fazer da Rio+20 o momento de firmar compromissos para o futuro.

“Nossa conferência deve gerar compromissos firmes para o desenvolvimento sustentável, temos de ser ambiciosos, o texto, aprovado pelas consultas pré-conferência, representa o consenso entre os diversos países aqui presentes. É o resultado de grande esforço de conciliação e aproximação de posições para avançarmos concretamente na direção do futuro que queremos. Representa, antes de tudo, uma decisão de não retroceder de nenhuma forma os compromissos que assumimos em 1992″.
Em tempo: Dilma subordinou o Verdismo da Sustentabilidade Sustentável à política de inclusão  social dela e do Nunca Dantes.

Ela esta mais preocupada  em inchar a Classe C do que em encher a Classe A de Verde.

Deixa essa tarefa (inutil) para o PiG (*) Chic.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Mais sobre o esculacho contra o torturador Dulene Aleixo Garcez dos Reis


*Molinacuritiba

Sobre o PT e Erundina: obrigado Maria Frô

 

 do Maria Frô
PT ‘expulsa’ Erundina pela segunda vez

Nunca me filiei ao PT, ou melhor aos 16 anos recebi uma filiação simbólica já que em princípio da década de 1980, antes da Constituição de 1988, menores de 16 não podiam votar ou se filiar a partido.
Mas o fato de não ser filiada nunca me impediu de fazer campanha desde a fundação, de torcer para o PT, de vibrar com as vitórias de Lula e Dilma e de me emocionar com a vitória de Luiza Erundina como a primeira prefeita do PT em São Paulo.
Sei que o PT dia a dia se torna cada vez mais pragmático e nos últimos dois anos chega a assustar o nível de concessões e alianças: cede para religiosos fundamentalistas e recua  nos direitos humanos: crescimento da homofobia sem reações concretas do governo federal; concessões e mais concessões ao vaticano e à bancada evangélica em relação aos direitos reprodutivos fazendo do nosso corpo uma moeda de troca política, distanciamento dos movimentos sociais…. a lista da realpolitik é longa.
Mas em São Paulo, parece-me que o PT é ainda mais complicado em seus paradoxos. O pragmatismo do PT torna quem é esquerda ideológica algo anacrônico. Hoje, chegou às raias da loucura: o PT, a chapa de Haddad e São Paulo perderam uma candidata dos movimentos sociais, uma pessoa íntegra, coerente e de luta e ficou com o pulha do Maluf.
Hoje me lembrei de 15 de novembro de 1988 quando, pela primeira vez, São Paulo elegeu uma prefeita oriunda de um partido de esquerda, esse partido era o PT.
Me lembrei também de 1 de janeiro de 1992. Ficamos todos em São Paulo em solidariedade a Erundina pra não deixá-la só na hora de transferir a faixa de prefeita ao procurado pela Interpol, Paulo Maluf, que havia derrotado Suplicy nas eleições. Nós não nos referíamos ao evento como ‘posse do Maluf’, mas ‘transmissão de cargo’.
Estava ao lado de Lélia Abramo quando a tropa de choque dos leões de chácara do Paulo Maluf chegou ao estilo dos gangsters. Lélia do alto de suas inúmeras décadas vividas nos dizia “Não aceitem provocações, desfralllllldem as suas bandeiras.”
Não adiantou, leões de chácara acostumados a  proteger gângsters não se preocupam com bons modos e empurraram violentamente Lélia que, ao cair, arranhou os joelhos a ponto de sangrarem. Minha gana era a de dar umas voadoras naquele bando de covardes. Mas perto daqueles bandidos legalizados éramos muito frágeis. Ajudei Lélia a se levantar e prometi a mim mesma que viveria pra ver a derrocada daquela política de coronéis.
Pouco depois,  por participar do governo de Itamar Franco, Erundina foi expulsa do PT, numa época em que o PT era avesso a alianças.
Hoje Erundina foi ‘expulsa’ pela segunda vez, expulsa pela realpolitik da luta pela hegemonia.
Hoje, o PT endossou Paulo Maluf que diz: “Não há mais direita e esquerda, o que há são segundos de TV”.
Hoje foi difícil não dar razão ao que diz o ‘comunista’ Paulo Maluf: “Quem mudou foi o PT. Perto do que o PT ajudou os banqueiros, eu, o industrial Paulo Maluf, me sinto comunista”
*Gilsonsampaio

Este vídeo é o resultado de diversos estudos realizados pela Box1824 e é um projeto sem fins lucrativos ou comerciais. Box1824 é uma empresa de pesquisa especializada em tendências de comportamento e consumo.


All work and all play (legendado) from Box1824 on Vimeo.


Presidente de Cuba confirma presença na Rio +20

Raúl Castro vai liderar delegação de ministros do país ao longo da conferência
  

O presidente de Cuba, Raúl Castro, vai liderar uma delegação do país que participará da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
Um comunicado oficial publicado pelo jornal cubano Granma informou que a delegação será composta por, entre outros, Miguel Díaz-Canel, vice-presidente do Conselho de Ministros; Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores; e Elba Rosa Pérez, ministra da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.
Há 20 anos, o ex-presidente Raúl Castro assistiu à primeira cúpula sobre desenvolvimento e meio ambiente realizada na cidade do Rio de Janeiro, a Eco-92. 
*OperaMundi