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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, novembro 10, 2010

Palestinos cobram do mundo reconhecimento de seu Estado




O plano israelense de construir novas casas em terras ocupadas pode ser rebatido pelo reconhecimento internacional de um Estado da Palestina, disse nesta terça-feira o principal negociador palestino.
Saeb Erekat
Saeb Erekat, negociador palestino, disse que o mais recente anúncio de Israel deixava claro que o Estado judaico quer construir assentamentos, não a paz
Aumentando o risco de um impasse sobre as negociações de paz, Saeb Erekat disse que o mais recente anúncio de Israel deixava claro que o Estado judaico quer construir assentamentos, não a paz.
- O unilateralismo israelense é um pedido para o reconhecimento internacional imediato do Estado da Palestina -, afirmou.
O mundo deu pouca importância quando o falecido Yasser Arafat declarou a existência de um Estado palestino em 1988, mas os rumos políticos mudaram e, atualmente, Israel está seriamente preocupado de que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, possa conseguir esse reconhecimento.
Abbas tem colocado em pauta a possibilidade de “ir à Organização das Nações Unidas” para declarar o reconhecimento do Estado como única opção para que as negociações de paz não sejam destruídas, mas apenas depois de conseguir o apoio dos Estados Unidos.
Na última segunda-feira, Israel anunciou planos para construir 1.300 novas casas em um território ocupado perto de Jerusalém e, nesta terça-feira, informações da imprensa mostraram que mais 800 unidades podem ser erguidas no grande assentamento de Ariel, no norte da Cisjordânia.
Os planos de construção foram divulgados no momento em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estava nos EUA para discutir uma forma de ressuscitar as negociações de paz no Oriente Médio, que foram paralisadas devido ao polêmico tema dos assentamentos.
Os EUA disseram que estavam “profundamente decepcionados” pelas notícias das novas construções, que são “contraproducentes aos nossos esforços para retomar negociações diretas entre as partes”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, deve abordar a questão em um encontro com Netanyahu, em Nova York, na quinta-feira.
A chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton, afirmou que o plano “contradiz os esforços da comunidade internacional para a retomada de negociações diretas, e a decisão deve ser revertida.”
- Assentamentos são ilegais sob leis internacionais, constituem um obstáculo para a paz e ameaçam tornar impossível uma solução de dois Estados -, acrescentou ela.
As negociações de paz diretas entre Israel e os palestinos foram interrompidas em setembro, quase no mesmo momento em que começaram, depois que Netanyahu rejeitou exigências palestinas de estender uma paralisação parcial na construção de assentamentos na Cisjordânia.
Ciente de que o anúncio dos assentamentos foi feito enquanto o premiê israelense estava nos EUA, Crowley disse:
- Pode muito bem ter sido que alguém em Israel tenha tornado isso público para envergonhar o primeiro-ministro e minar o processo.

Os EUA ficaram indignados em março, quando planos para a construção de mais assentamentos foram anunciados enquanto o vice-presidente do país, Joe Biden, estava visitando Jerusalém.
*cappacete

O QUE ISRAEL QUER DO BRASIL







Na diplomacia mundial a qual estamos acostumados, pregada especialmente pelos EUA, existe uma bipolaridade. Ou se é pró Estados Unidos ou se é contra eles. Inventaram essa ladainha durante a Guerra Fria porque inventaram de dividir o mundo em dois feudos. O que a América mandava e o que a União Soviética mandava.
Então o resto das nações tinha que ir, como gado, para um lado ou para outro do pasto.Os donos do curral não aceitavam vacas que preferissem ficar no meio
Na América Latina, curral dos EUA eramos tratados como a escória do mundo, um completo lixo.Os americanos vinham pra cá, tiravam presidentes financiando golpes de estado de direita e assim, conseguiam o alinhamento dos países aos seus propósitos imundos. Não foram poucos os padres católicos assassinados por agentes da CIA ou mercenários treinados por eles, só porque davam abrigo a um povo que lutava contra a opressão. Todos os países da região sofreram com isso.
E o Brasil seguia sua linha bovina até pouco tempo. O que a América mandasse, nosso Presidente fazia. Não foi a toa que Celso Laffer, ex Ministro das Relações Exteriores de FHC tirou os sapatos no aeroporto para poder entrar nos EUA, mesmo gozando de imunidade conferida a um diplomata. Até lí outro dia algo escrito por um cidadão inconsciente, que se tratava de respeito à América. Verdade suprema. Respeito à América e desrespeito ao seu próprio país. Coisas como essa, na diplomacia são consideradas submissão e humilhação. A mesma coisa que sair do Brasil o dirigente máximo do país, e ir para fora falar em outra língua. Isso em diplomacia significa que você dá mais valor aos costumes do outro do que aos seus próprios.
Vassalagem era a tônica do Brasil até 2003.
Eis que agora Shimon Peres de Israel, vem dizer que o Brasil devia tomar uma posição sobre EUA ou Irã. Na realidade, ele quer dizer posição entre Israel ou Irã. já que os EUA só fazem o que Israel manda. A nação mais poderosa do mundo come na mão de um pequeno país fundamentalista do Oriente Médio. Nem Obama mudou um centímetro dessa política ridícula que os donos do financiamento de Washington (judeus americanos) impõem à Casa Branca.
Shimon Peres que espere mais quatro anos, ou oito para fazer de novo esse pedido. Ele pensa que nossa diplomacia e nossa Presidência  ainda estão na época dourada de Don Fernando, onde tudo o que era pedido, era prontamente atendido.
O Brasil está se lixando para a questão árabe-israelense. Isso é uma guerra deles, por motivos que só interessa a eles e aos Estados Unidos. Não queiram nos meter nesse embrulho. Nossa diplomacia não precisa tomar partido e sinceramente se for tomar, optará pelo lado que está levando mais pauladas no momento. Afinal, basta considerar o que Israel faz com a Palestina. O mesmo que Hitlher fez com os judeus. Na América do Norte, nenhuma palavra sobre isso. Os poucos que se levantam quanto à questão, são defenestrados e ridicularizados na imprensa. A tal "imprensa livre" americana.
Somos um país pacato e queremos tão somente comprar e vender produtos por aí. Agora, se tiver que decidir quais países têm direito a ter bomba atômica, nossa diplomacia já deixou muito claro, sim. Perez não viu ou fingiu que não viu com seu discurso lenga lenga publicado no Globo (onde claro, o repórter Carlos Alberto Sardenberg não tem colhões pra fazer pergunta alguma que realmente valha a pena). Se tiver que dizer quem pode ter a bomba, a posição brasileira é clara. Sim, o Irã pode ter. Por qual razão EUA e Israel podem e o Irã não pode? Porque a América do Norte continua achando que o mundo é seu quintal e assim deverá continuar?
Pra variar, nossa imprensa, ao cobrir fatos como esse, e ter a boa oportunidade de falar com o Presidente Israelense, poderia ter feito jus ao título de imprensa isenta, que tanto se vangloria aqui no Brasil. Mas claro que não. Sardenberg aproveitou a viagem paga por Israel para se fazer de pagem para a política internacional. Tudo em troca de uns dias no hotel e umas comidinhas.
Vassalagem pior, não existe.

ARNALDO JABOR TEM SEU DIA DE "LULA" – APANHA DA FOLHA, DA VEJA, E NÃO SUPORTA A CRÍTICA.

A suprema infelicidade de se sentir ofendido e injustiçado.



Jabor é um lixo como diretor de cinema, 
colunista, e ser humano.


Do Blog 007BONDeblog

Parece que o filme “A suprema felicidade” está se tornando a suprema decepção e inconformidade do seu autor Arnaldo Jabor com a crítica especializada.

A patética pergunta (Quem tem razão? A crítica ou o público?) do subtítulo de seu artigo de hoje em O Globo (Patrulhas ideológicas) dá bem a dimensão da maneira como Jabor reagiu mal à avaliação dos críticos de cinema ao seu trabalho.

Os críticos da “Folha” e da “Veja” disseram que o filme é “sem foco”, “acaba de repente”, e ainda que Jabor não é mais cineasta. Segundo Jabor, picharam, e falaram mal de seu trabalho.

E aí, o vivido Jabor não consegue entender, como um filme que já foi assistido por 180 mil pessoas, e algumas delas lhe enviaram até e-mail elogiando, é tratado assim, na base da “porrada”, como lixo, como se não tivesse nada de bom. Será que esse povo que elogia o filme é um bando de idiotas ? Ou será que a razão está com os minguados críticos, e aí, em palavras minhas, uns três ou quatro que cabem dentro de um fusca ?

E Jabor parte para o ataque aos seus críticos, rotula a eles de patrulheiros ideológicos e os acusa de invejosos, e de exercerem a crítica de forma “desonesta”, por inveja de alguém (dele) que é sucesso, no rádio e nos jornais.......

Jabor desaprendeu de ser vidraça, faz tempo que ele é pedra, e nas suas análises políticas sobre o governo Lula, ele foi sempre cruel, como ativo membro da patrulha da oposição. Jabor esqueceu que ele sempre rotulou de analfabetos, ignorantes, otários, os 97% dos brasileiros que dão ao governo Lula aprovação entre regular e ótimo, Jabor sempre fez parte dos 3% que se acham os “críticos sabidos e inteligentes”, os que cabem dentro do fusca e são os brasileiros que conhecem o que é bom para o Brasil. Jabor nunca reclamou da Folha nem da Veja, quando elas esculacharam Lula, o PT e Dilma Rousseff, aí Jabor gostou, aplaudiu e ajudou a “bater”.

Quando Lula reclamou de que parte da Imprensa só criticava seu governo, sem ver nada de bom nele, Jabor enxergou nisso uma “ameaça a liberdade de expressão e de imprensa”. Jabor, a imprensa e os críticos são livres para achar que seu filma é uma droga, é um direito deles dizer isso, respeite a opinião dos que assistiram e não gostaram.

Quem semeia vento, colhe tempestade. Quem com ódio, preconceito, má vontade, “Folha e Veja” fere, com isso e com muito mais, acabara sendo ferido.
 
 

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