Força Naval turca peita Israel
A Força Naval turca escoltará de agora em diante os barcos turcos que transportam ajuda humanitária a Gaza, disse nesta quinta-feira o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan.
A afirmação foi feita depois que Israel se negou a pedir desculpas pela morte de 9 ativistas turcos que estavam na flotilha
que tentou chegar à Faixa de Gaza - submetida a um bloqueio israelense - em 2010.
O navio Mavi Marmara (foto acima) fazia parte de uma flotilha ativista que levava ajuda humanitária a Gaza
quando foi abordado por fuzileiros navais israelenses em alto mar, no Mediterrâneo, em 31 de maio de 2010.
Os marines assassinaram a tiros nove turcos, incluindo um cidadão turco-americano, durante um combate a bordo.
"Os navios de guerra turco se encarregarão de proteger os barcos turcos que transportem ajuda humanitária à Faixa de Gaza", declarou Erdogan citado pela Al Jazeera.
"De agora em diante, não permitiremos que esses barcos sejam objetos de ataque por parte de Israel, como foi o caso da flotilha da Liberdade, então Israel enfrentará uma resposta adequada."
RECUSA
O colérico chefe de governo israelense, Binyamin Netanyahu, (foto) reiterou no domingo (4) sua rejeição absoluta a se desculpar a Ancara pela morte de nove ativistas turcos no ataque por soldados de elite israelenses à pequena Frota da Liberdade em maio de 2010.
"Não precisamos nos desculpar porque os soldados se defenderam do ataque de ativistas violentos."
SUSPENSÃO DE LAÇOS
O premiê turco, Recep Tayyip Erdogan (foto acima), anunciou na última terça-feira (6) a suspensão total dos laços comerciais e militares com Israel, depois de reduzir o status das relações diplomáticas com o país.
"Laços comerciais, laços militares, relativos à indústria de defesa, nós estamos suspendendo-os completamente. Este processo vai ser seguido de diferentes medidas", disse Erdogan a repórteres em Ancara.
As novas medidas vieram apenas dias depois de Ancara lançar uma série de ações para penalizar Israel por sua recusa em se desculpar pela operação contra uma frota humanitária em 31 de maio de 2010 que tentava furar o bloqueio à faixa de Gaza. A ação deixou nove ativistas turcos mortos.
O chefe militar de Israel Amos Gilad (foto acima), havia dito que os laços militares com a Turquia, uma importante parceira de Israel na região, ainda estavam em efeito.
Nesta semana, o chefe do Banco central de Israel(foto acima), Stanley Fischer, alertou contra as consequências econômicas de uma prolongada disputa com a Turquia, dizendo que a economia do país supera em muita Israel e cresce muito rápido.
"A economia turca está crescendo em um passo excepcional. Eles têm grande empreendedores e uma força de trabalho treinada na Europa. Turquia será um grande mercado na região e um grande exportador. As consequências de não ter relações comerciais com a Turquia serão custosas", disse.
*militanciaviva
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