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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, dezembro 29, 2011

Acordos Cuba-China desafiam terrorismo imperial

Via Granma
Proyectan China y Cuba agenda económica para 2012-2016
BEIJING, 27 de diciembre.—China y Cuba acordaron hoy trabajar en la elaboración de una agenda económica bilateral a mediano plazo, decisión que destaca en el carácter estratégico de sus vínculos, validados con las labores aquí de la 24 sesión de la Comisión Intergubernamental.
Esta agenda propicia una proyección de los nexos entre ambos países para el periodo 2012-2016 sobre la base de la complementariedad, afirmó el vicepresidente del Consejo de Ministros, Ricardo Cabrisas, quien copresidió la cita con el titular de Comercio chino, Chen Deming.
Añadió que también se apoya en el objetivo común de fortalecer, profundizar y ampliar el intercambio comercial y las inversiones conjuntas en sectores priorizados por los respectivos planes quinquenales como salud, biotecnología y agricultura.
Resaltó la importancia de este paso en las relaciones bilaterales frente a la difícil situación económica internacional, pues China se ha convertido en un factor de estabilidad y equilibrio al tiempo que su desarrollo representa una oportunidad para el resto del mundo.
Cabrisas destacó además que en el 2011 se alcanzaron resultados importantes en el ámbito bilateral, lo que ejemplificó con la visita del vicepresidente Xi Jinping a la Isla en junio, cuando se consolidó el diálogo político al más alto nivel y se firmaron 16 acuerdos. (PL)

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