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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, dezembro 30, 2011

Lula, Chaves, Cristina, Dilma, Lugo, Arafat ...

E por que não Angela Merkel, Blair, Obama, Schroeder, Berlusconi, e, e...

G1

EUA podem ter induzido câncer em líderes sul-americanos, diz Chávez. 'Não seria estranho se tivessem desenvolvido uma tecnologia', disse. Chávez achou 'estranho' o fato de 5 líderes da região terem a doença.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, especulou nesta quarta-feira (28) sobre a existência de uma "tecnologia americana para induzir ao câncer", no dia seguinte do anúncio de que a colega argentina, Cristina Kirchner, sofre da doença que vitimou também outros líderes sul-americanos.

"Não seria estranho se tivessem desenvolvido uma tecnologia para induzir ao câncer e ninguém soubesse disso até agora", declarou Chávez a respeito dos Estados Unidos, alvos recorrentes das suas críticas.

O presidente da Venezuela, que afirma estar recuperado de um câncer diagnosticado em junho, afirmou que não pretendia "lançar acusações temerárias", mas considerou "muito estranho" o fato de cinco líderes sul-americanos terem sido diagnosticados com a doença recentemente.

"É muito difícil explicar o que está acontecendo conosco na América Latina, mas não deixa de ser estranho, muito estranho", completou Chávez durante um discurso realizado diante das Forças Armadas.

"Talvez se descubra dentro de 50 anos" esse suposto plano americano para induzir ao câncer, disse o presidente, no poder desde 1999. "Não sei, só deixo para reflexão", acrescentou.

Chávez costuma acusar o governo dos Estados Unidos, com o qual mantém relações diplomáticas tensas, de estar por trás de supostos planos para tirá-lo do poder após as eleições presidenciais de outubro de 2012, nas quais disputará o terceiro mandato.

O presidente se mostrou convencido, por outro lado, de que Kirchner "vencerá" o câncer de tireoide, do qual será operada em 4 de janeiro.

Ele explicou ter conversado por telefone com a colega argentina, depois do anúncio de sua doença, na véspera, e disse tê-la sentido de "muito bom ânimo".

O chefe de Estado venezuelano também deu as "boas vindas" à cúpula de "vencedores do câncer", que ele planeja realizar no começo de 2012 e à qual se prevê que participem seus colegas de Brasil, Dilma Rousseff, e Paraguai, Fernando Lugo, bem como o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Chávez manifestou a Kirchner "seus melhores desejos pelo pronto restabelecimento de sua saúde, ao mesmo tempo em que ratificou todo o seu apoio moral", segundo comunicado divulgado previamente pela chancelaria venezuelana.

O presidente venezuelano foi operado, em junho, em Cuba, de um tumor cancerígeno, cuja localização nunca revelou.
*Brasilmostraatuacara

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