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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Mire-se no exemplo de Verônica

Notícias — Por DESACATO
Por Walter Falceta Jr. no FB
Redirecionado por Celso Vicenzi.
Você, minha querida amiga, jornalista, professora, publicitária, administradora, por que ralar tanto por tão pouco?
Mire-se no exemplo de Verônica. Ela trabalha quase nada, ganha milhões e não precisa dar satisfações a ninguém. Justiça e imprensa passam longe de vigiar esta empreendedora.
Só para você ficar com água na boca:
1) As empresas de Verônica, em geral, não produzem NADA. Elas apenas funcionam como estações intermediárias entre grandes movimentações financeiras. Mas rendem muito, muito mesmo.
2) Veja que o fundo de investimentos que ela montou com o marido tinha sede em… Vamos ver se você adivinha… Em Trancoso, na Bahia, um lugar obviamente lotado de executivos e sedes de grandes bancos internacionais.
3) Quando deu na telha, ela decidiu montar a Decidir.com, e logo a empresa recebeu do Banco Opportunity um capital de US$ 5 milhões.
4) Para não ter problemas com gente bisbilhoteira, ela transferiu a empresa para o escritório da Ctco. Building, na Ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso… fiscal. E lá ganhou muito mais dinheiro.
5) De lá, entre uma praia e um drink exótico, internalizou R$ 10 milhões em ações da empresa no Brasil, que funcionava… no escritório da própria Verônica.
6) Essa espertíssima brasileira sabe multiplicar e gerir as chamadas “empresas camaleão”.
7) Se é para ganhar dinheiro, vale tudo. Por exemplo, Verônica invadiu os registros de 60 milhões de brasileiros e os vendeu, bem vendidos. Tino comercial. Ou seja, orgulhe-se: provavelmente você ajudou Verônica a fazer mais um milhãozinho.
8) Verônica é nome de mulher esperta. Mude seu nome para Verônica, portanto. A Verônica Serra virou sócia da Verônica Dantas, irmã do Daniel Dantas, amigão de tanta gente na imprensa, especialmente em “Veja”. Ganharam dinheiro de um jeito “esperto”, lidando com informação “privilegiada”.
9) Quando a operação Satiagraha colou na mulher mais esperta do Brasil, ela não titubeou. E divulgou nota oficial: “Não conheço Verônica Dantas, nem pessoalmente, nem de vista, nem por telefone, nem por e-mail”. Ou seja, Verônica Serra é tão astuta que nem precisa conviver com seus sócios, eternas fontes de aborrecimento.
10) Fechada uma empresa, abre-se outra. Verônica Serra torna-se representante da OEP, braço do JP Morgan, em seus investimentos no Brasil. Sua companhia, que a rigor não produz nada, é comprada por uma das maiores instituições financeiras do mundo. Segundo o Valor Econômico a transação pode ter valor de referência superior a US$ 100 milhões.
11) Espertamente, o negócio foi mediado por outra empresa, a Pacific Investimentos, que coincidentemente também pertence a… Verônica Serra.
12) Essa empresa foi criada com capital de R$ 268.834,00, mas três dos sócios só capitalizaram R$ 1 cada.
13) Em cinco meses apenas, a empresa obtém lucros espetaculares e a sócia norte-americana da empresa, Margot Greenman, deixa a sociedade, levando um dinheirinho e um automóvel Corolla usado.
14) Lógicamente, Verônica Serra passa a ser dona de toda a empresa, e das boladas que arrecada, exceto por R$ 2. Sim, dois reais continuam pertencendo a seus parceiros.
15) Dona Margot, por sua vez, também é muito prática e capaz. Em seguida, ela vira diretora da Solfin Securitizadora, que muda de nome para Financial Crédito. Por obra de Deus, o capital da empresa salta instantaneamente de R$ 10 mil para R$ 65 milhões.
E você aí, ralando, acordando cedo, fazendo as contas no final do mês, pesquisando preço de produtos no supermercado, atrasando o IPVA… Bobagem, mire-se no exemplo de Verônica. Com ela, não tem aperto. Com ela, é só prosperidade.
PS  Tudo isto está provado com documentos e detalhes no Livro de Amauri Ribeiro JR,  A privataria Tucana. editora Geração. Sao paulo  dez 2011.
Imagem tomada de: conversaafiada.com.br (Esq: Verônica Dantas)

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