Israel ameaça barco humanitário que vai à Gaza, diz Finlândia
Via OperaMundi
Bolas de basquete, cimento e instrumentos musicais estão entre os itens carregados pela embarcação
Agência Efe
A embarcação Estelle em Nápoles se preparando para a viagem até a Faixa de Gaza; ativistas levam ajuda humanitária ao território palestino
A embarcação Estelle em Nápoles se preparando para a viagem até a Faixa de Gaza; ativistas levam ajuda humanitária ao território palestino
O
governo israelense enviou uma mensagem para as autoridades finlandesas
alertando que não irá permitir que flotilha com ativistas internacionais
fure o bloqueio à Faixa de Gaza, informou neste sábado o porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores, Risto Piipponen. As informações são
da Associated Press.
O comunicado, enviado no meio desta semana, não explicou o que Israel poderia fazer com o barco de ajuda humanitária. “Israel disse que vai tomar medidas para impedir a flotilha de chegar à terra”, explicou Piipponen. “Nós respondemos que é uma embarcação civil e lhes exortamos a ser moderados em qualquer ação que tomarem”, acrescentou.
O comunicado, enviado no meio desta semana, não explicou o que Israel poderia fazer com o barco de ajuda humanitária. “Israel disse que vai tomar medidas para impedir a flotilha de chegar à terra”, explicou Piipponen. “Nós respondemos que é uma embarcação civil e lhes exortamos a ser moderados em qualquer ação que tomarem”, acrescentou.
A flotilha Estelle, que
carrega uma bandeira da Finlândia, partiu de Nápoles, na Itália, no dia 7
de outubro com pelo menos 20 ativistas de diferentes países. Bolas de
basquete, cimento, instrumentos musicais e equipamentos de iluminação
para teatro estão entre os itens carregados pelo barco à Faixa de Gaza,
que sofre bloqueio econômico de Israel há mais de cinco anos.
WikiCommons
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Não
é a primeira vez que o governo israelense ameaça navios internacionais
que procuram levar ajuda humanitária ao território palestino ocupado. Em
maio de 2010, militares das Forças Armadas de Israel invadiram a
flotilha turca Liberdade à Gaza que se aproximava da costa com dezenas
de ativistas, matando nove turcos.
Na época, entre a ampla gama de produtos que estavam proibidos, constava marmelada, chocolate, madeira para moveis, sucos de frutas e produtos têxteis. Por conta de pressão internacional decorrente do episódio, Israel flexibilizou o bloqueio ao território ocupado palestino. Segundo entidades internacionais, agora é permitido, de forma geral, a entrada de alimentos e alguns medicamentos.
(Flotilha turca Liberdade à Gaza que tentou furar o bloqueio ao território palestino em maio de 2010, mas foi duramente reprimida por militares israelenses)
“Agora, muitas coisas são permitidas, com exceção dos materiais de construção. Nós o conseguimos pela fronteira com o Egito”, disse Hani Siliman, morador da Faixa de Gaza ao Opera Mundi. “Mas, nós ainda estamos sob ocupação e somos sitiados. O que melhorou mesmo foi o acesso a alimentação, nós ainda sofremos com a falta de medicamentos, combustível e energia”, completou.
Malaka Mohammed, outro morador da Faixa de Gaza, contou ao Opera Mundi que encontra muita dificuldade para encontrar alguns alimentos, brinquedos, materiais culinários, roupa de cama, instrumentos musicais, entre outros.
As primeiras sanções foram impostas por Israel em 2001 quando palestinos tomaram às ruas contra a ocupação israelense e intensificadas em 2007 após as eleições legislativas que levaram o Hamas democraticamente ao poder. O Egito apoiou a medida e também fechou suas fronteiras com Gaza.
ActiveStills.org
Na época, entre a ampla gama de produtos que estavam proibidos, constava marmelada, chocolate, madeira para moveis, sucos de frutas e produtos têxteis. Por conta de pressão internacional decorrente do episódio, Israel flexibilizou o bloqueio ao território ocupado palestino. Segundo entidades internacionais, agora é permitido, de forma geral, a entrada de alimentos e alguns medicamentos.
(Flotilha turca Liberdade à Gaza que tentou furar o bloqueio ao território palestino em maio de 2010, mas foi duramente reprimida por militares israelenses)
“Agora, muitas coisas são permitidas, com exceção dos materiais de construção. Nós o conseguimos pela fronteira com o Egito”, disse Hani Siliman, morador da Faixa de Gaza ao Opera Mundi. “Mas, nós ainda estamos sob ocupação e somos sitiados. O que melhorou mesmo foi o acesso a alimentação, nós ainda sofremos com a falta de medicamentos, combustível e energia”, completou.
Malaka Mohammed, outro morador da Faixa de Gaza, contou ao Opera Mundi que encontra muita dificuldade para encontrar alguns alimentos, brinquedos, materiais culinários, roupa de cama, instrumentos musicais, entre outros.
As primeiras sanções foram impostas por Israel em 2001 quando palestinos tomaram às ruas contra a ocupação israelense e intensificadas em 2007 após as eleições legislativas que levaram o Hamas democraticamente ao poder. O Egito apoiou a medida e também fechou suas fronteiras com Gaza.
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Prédios danificados não podem ser reformados pela proibição da entrada de material de construção em Gaza
As autoridades israelenses afirmam que o bloqueio tem como objetivo impedir a entrada de armamento para o Hamas e “grupos terroristas”. No entanto, em documento do estado de Israel sobre as sanções, constavam também cálculos sobre a quantidade mínima de calorias que cada habitante de Gaza deveria consumir.
"Na realidade, uma política de punição coletiva está sendo imposta a 1,4 milhão de pessoas, em violação ao direito internacional humanitário”, disse Sari Bashi, diretor da Gisha, organização israelense de direitos humanos.
As autoridades israelenses afirmam que o bloqueio tem como objetivo impedir a entrada de armamento para o Hamas e “grupos terroristas”. No entanto, em documento do estado de Israel sobre as sanções, constavam também cálculos sobre a quantidade mínima de calorias que cada habitante de Gaza deveria consumir.
"Na realidade, uma política de punição coletiva está sendo imposta a 1,4 milhão de pessoas, em violação ao direito internacional humanitário”, disse Sari Bashi, diretor da Gisha, organização israelense de direitos humanos.
*GilsonSampaio
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