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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, outubro 15, 2012

"NY Times" lança em 2013 site em português.


Essa foi a melhor notícia do ano, poderei ler uma imprensa livre e 'isenta', que só na justificativa já diz que "O Brasil é um centro internacional de negócios e possui uma economia robusta que vem trazendo cada vez mais pessoas para a classe média" e que "O Brasil é o lugar perfeito para o 'New York Times' tomar o próximo passo na expansão do nosso alcance global"

E poderei comparar as notícias com as da Corrupta. Viva a democracia!


Mercado em cima da hora 


"NY Times" lança em 2013 site em português 


Versão do jornal americano terá notícias traduzidas e conteúdo local 


Investida do jornal ocorre ao mesmo tempo que outros grandes grupos de mídia, como o "FT", apostam no país 


A empresa dona do "New York Times" confirmou ontem que o jornal americano terá um site em português a partir do ano que vem. Em comunicado oficial, a New York Times Company diz que pretende atrair leitores no Brasil que são "educados, bem-sucedidos e conectados com o resto do mundo". 


Para isso, ela promete de 30 a 40 reportagens por dia. 


Um terço delas será produzido especificamente para o site brasileiro, por jornalistas locais, e o restante será tradução do "New York Times". 


"O Brasil é um centro internacional de negócios e possui uma economia robusta que vem trazendo cada vez mais pessoas para a classe média", afirmou o publisher do "New York Times", Arthur Sulzberger Jr. 


"O Brasil é o lugar perfeito para o 'New York Times' tomar o próximo passo na expansão do nosso alcance global", completou, em nota. 


Sulzberger está no Brasil, onde dá palestra hoje, em São Paulo, na 69ª Assembleia Geral da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa). 


A empresa não confirma a data oficial do site para o Brasil, mas o "Financial Times" diz que será no segundo semestre de 2013. 


Ainda de acordo com o jornal britânico, ao contrário do site em inglês (que cobra por parte do seu conteúdo), a versão brasileira do "New York Times" será gratuita. 


A investida do "New York Times" ocorre ao mesmo tempo que outros grandes grupos apostam no país. 


O "Financial Times" lançou no início deste mês sua edição brasileira -em inglês e com conteúdo similar à dos EUA. 


A CNN, o "Los Angeles Times", a Al Jazeera, do Qatar, e a Xinhua, da China, têm aumentado ou planejam expandir suas operações no país. 


Postado por APOSENTADO INVOCADO

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