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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, outubro 15, 2012

Pela primeira vez, protestantes deixam de ser maioria nos EUA

Ex-protestantes americanos não optam por nenhuma outra religião


Pela primeira vez,  protestantes deixam de ser maioria nos EUA
Pela primeira vez, os protestantes deixaram de ser maioria nos Estados Unidos, caindo de 53% para 48%. A maioria deles não migrou para nenhuma outra religião, adensando um grupo que já representa 20% da população, o que não é pouco se for levado em consideração que se trata de um país que está entre os mais religiosos do mundo.

De acordo com o mais recente estudo do Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública, o segundo maior grupo de religiosos continua sendo o dos católicos, com 22%, seguidos pelos mórmons (2%), ortodoxos (1%) e pelos que são fiéis de outras denominações (6%).

Não foram apenas os protestantes liberais, como metodistas e episcopais, que deixaram o credo, mas também os conservadores. A queda ocorreu somente entre os brancos, e não em relação aos negros e a outras minorias.


Os índices mostram estar havendo um significativo aumento no número de não religiosos entre os mais jovens. Na faixa de 18 a 22 anos, mais de um terço declarou não ter qualquer filiação religiosa. Do total da população, 19,6% (quase 1 em cada 5) são ateus, agnósticos ou neutros.


Para alguns analistas, o estudo mostra que finalmente os Estados Unidos estão seguindo a tendência de secularização que se verifica em países desenvolvidos europeus, entre outros, como a Austrália e o Canadá.


Essa tendência parte de pessoas estáveis financeiramente ou seguras o suficiente para se libertar da religião como necessidade existencial.


Com informação do Fórum Pew e das agências.


Estados Unidos têm 13 milhões de ateus e agnósticos, diz pesquisa.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz29PPHJdsY
Paulopes

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