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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, novembro 04, 2012

A vida pregressa de alguns figurões do alto clero do jornalismo brasileiro e das empresas para as quais trabalham

 

por Paulo Jonas de Lima Piva

Eles ganham muito bem, são estrelas, parte orgânica de nossa elite preconceituosa e com mania de aristocratismo; dizem o que os seus patrões, patrocinadores e políticos da preferência dos seus patrões e  dos seus patrocinadores esperam que eles digam. São implacáveis com o PT, com o MST e o Bolsa Família; odeiam Lula, Chávez, Evo, as cotas, o ENEM e mais ainda a regulamentação da mídia. Em contrapartida, temem e bajulam Serra, votam no DEM, no PSDB e acham FHC, Gabeira, Marcelo Freixo e Caetano Veloso o máximo.  Desconversam quando o assunto é a privataria tucana e os índices sociais de antes da ascensão de Lula ao Planalto. São neoliberais, acreditam nas privatizações e no "Criança Esperança" como soluções para os problemas do país e, certamente, depois de passarem o dia manipulando e distorcendo os fatos, oram toda noite antes de dormir. Refiro-me aqui aos figurões do alto clero do jornalismo brasileiro, pitbulls conservadores que abusam em hipocrisia e cinismo ao se colocarem como paladinos da democracia, da ética e da liberdade.

Abaixo, a vida pregressa de alguns desses ideólogos do alto clero do jornalismo brasileiro e das empresas para as quais trabalham:


O global Alexandre Garcia quando era porta-voz do governo do general Figueiredo

Roberto Marinho, dono da Globo, de braços dados com o general Figueiredo

Boris Casoy, âncora do telejornalismo da Band e que despreza garis, quando era membro, nos anos 60, do Comando de Caça aos Comunistas (CCC).


Augusto Nunes, comentarista da Veja, e Roberto Civita, dono da Veja, ao fundo, atrás do general Figueiredo. Na frente, em destaque, Paulo Maluf em pleno vigor político.


Trecho de editorial da Folha de São Paulo defendendo o governo sanguinário do general Garrastazu Médici. Lembrando, segundo editorial recente da Folha, a ditadura militar brasileira foi na verdade uma "ditabranda" (sic!)

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