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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 13, 2014

O Brasil vai virar uma nova Cuba quando alcançar os índices sociais

O Brasil vai virar uma nova Cuba quando alcançar os índices sociais, humanos e políticos dos cubanos


Ou seja:
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando o Banco Mundial declarar que nosso país tem o melhor nível educacional da América Latina.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando a OMS (Organização Mundial de Saúde), declarar que o nosso país alcançou a maior proporção de médicos por habitante.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando o governo federal construir uma universidade de medicina gratuita dedicada exclusivamente a formar jovens de outros países, principalmente pobres e sem recursos.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando formos capazes de enviar equipes médicas para outros países que sofrem com catástrofes naturais, como o terremoto no Haiti, ou com epidemias fora de controle, como o ebola na África.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando nossa taxa de mortalidade infantil for de 4,9 crianças por mil nascidas vivas, a menor de todo o continente americano.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando a expectativa de vida chegar a 79,07 anos, colocando-nos no nível dos países mais avançados.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando a taxa de alfabetização da população alcançar quase 100%.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando a educação for garantida gratuitamente pelo Estado, do berçário até a universidade.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando o nosso IDH for de 0,815, colocando-nos no 43º lugar e na condição de país com alto índice de desenvolvimento, bem acima da posição que ocupamos atualmente que é a de 79º.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando a Unicef declarar nosso país território livre da desnutrição infantil.
O Brasil só se tornará uma nova Cuba quando a participação das mulheres no Congresso atingirem, segundos dados da União Interparlamentar (UIP), 48,9%, a terceira maior do mundo.
CONVENCAO2009.BLOGSPOT.COM
*solidários

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