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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, março 21, 2011

Protógenes critica a ofensiva militar de Khadafi contra o povo líbio e diz que os muçulmanos merecem a democracia


Por: Calebe Pacheco

A onda de protestos que derrubou os regimes ditatoriais na Tunísia, no Egito e está transformando a Líbia num palco de guerra civil colocou novamente em pauta a importância da democratização nos países do oriente médio. A causa já ganhou aliados importantes como a França, Itália, Reino Unido e os EUA que se posicionaram a favor de sanções contra o regime do ditador líbio Muammar Khadafi.
Dados de 2010 do relatório de Desenvolvimento Humano do Egito, publicado antes da onda de protestos, mostrou que 90% dos jovens egípcios reconhecem a importância de escolher seus líderes por eleições diretas, e 84% dão “grande importância” em viver num Estado democrático. A Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo) que elegem os seus representantes pelo voto direto. Como relata o parágrafo primeiro do artigo 1 da Constituição Federal: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos diretamente, nos termos desta Constituição.”
 Importantes autoridades mundiais se manifestaram em relação aos acontecimentos no oriente médio. A secretária de Estado americana Hillary Clinton afirmou na 47ª Conferência sobre a segurança em Munique (sul da Alemanha) que "sem progresso em direção a sistemas abertos e responsáveis, o fosso entre os povos e seus governos vai aumentar e a instabilidade, agravar-se". Já o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse, em entrevista à BBC Brasil, que as rebeliões que atingem o Oriente Médio são "um bem para a democracia". Na opinião de Lula, os protestos devem promover mudanças na região como o aumento da preocupação com a população jovem e com a distribuição de renda.
No Congresso Nacional, em Brasília, o deputado Federal Delegado Protógenes (PCdoB-SP), considerou uma atrocidade os ataques das forças militares do ditador Muammar Khadafi contra a população. Protógenes afirmou que o povo muçulmano precisa ser liberto da opressão e merece viver a liberdade da livre escolha e do pensamento independente, o que só vai acontecer com a democratização do país.

*Protógenes Queiroz

"Ínclito" flerta com a extrema-direita

Para quem tem memória curta, o blog do Ínclito estava soltando fascista pelo ladrão antes dele se aproximar do PSOL e, depois, do PCdoB.

Modéstia à parte, eu nunca acreditei no elemento por um minuto que fosse. Publiquei suas estripulias por ter inimigos em comum, mas inimigo do meu inimigo não é, necessariamente, meu amigo. Um delegado que dá (dá?) exclusividade a TV Globo, ilegal e imoralmente, não vai ter minha confiança nunca.

Protógenes diz que muda para PSD se for o candidato em 2012

O deputado federal Protógenes Queiroz, hoje no PC do B, foi a maior surpresa entre os políticos presentes ao ato de criação do PSD.

Protógenes foi saudado pelo prefeito Gilberto Kassab e integrou a mesa principal no ato, mas não fez parte do grupo chamado a discursar e a assinar o manifesto de criação do partido.

O parlamentar disse que não irá se filiar na legenda no momento. Mas afirmou que iria para o PSD se Kassab o convidasse para ser candidato a prefeito em 2012.

*eskerdonews

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