Aécio Never, o defensor dos fracos tucanos
Aécio pede “serenidade” no tratamento de denúncias contra Perillo
As
provas que ligam o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ao
contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ainda não
convenceram o senador tucano Aécio Neves. Nesta segunda (4), Aécio agiu
como advogado de defesa de Perillo e afirmou que o PSDB precisa ter
"serenidade de dar o voto de confiança" ao governador de Goiás.
Aécio diz que governador merece crédito por sua trajetória no PSDB e que "não é agradável para ninguém ver um companheiro sofrendo esse tipo de ataque".
"Até agora, em todas as denúncias surgidas, ele [Perillo] tem sido enfático e firme nas suas explicações. E terá oportunidade para prestar todos os esclarecimentos. Vamos aguardar", afirmou.
Ao citar os “supostos ataques” que estariam vitimando Perillo, o senador tucano está se referindo às investigações da Polícia Federal, que através da Operação Monte Carlo, apontam “indícios veementes” – palavras do delegado da Polícia Federal Matheus Mela – da ligação do governador com Cachoeira.
Ele é acusado de ter recebido R$ 1,4 milhão de empresas ligadas a Cachoeira pela venda de uma casa e de ter nomeado funcionários a pedido do empresário, que está preso desde fevereiro sob acusação de comandar um esquema de jogo ilegal. A ex-chefe de gabinete de Perillo, Eliane Gonçalves, também é acusada de repassar informações sigilosas de operações policiais a políticos goianos.
Demóstenes
Aécio demonstrou a mesma “serenidade” e compaixão ao tratar sobre a cassação de Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). Para o tucano, deve-se aguardar o tempo certo. "Tenho que respeitar o tempo normal e não cabe a mim antecipar isso, mas vocês em um momento certo saberão meu voto."
Demóstenes responde a um processo no Conselho de Ética por quebra de decoro e é também alvo de inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que solicitou a quebra de seu sigilo bancário por suas ligações com Cachoeira.
Depoimento
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações do contraventor goiano Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados, ouvirá o depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), no próximo dia 12 de junho.
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