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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 06, 2012

Deu na CNN

Brasil é o país "onde os empregos estão", afirma CNN




Morram de inveja, tucanos corruptos.O Brasil da era Lula é infinitamente melhor que o da era FHC.


Uma reportagem publicada no site da rede de TV norte-americana CNN no fim de maio se somou aos inúmeros analistas que apontam o Brasil como a “bola da vez” no mercado de trabalho global, especialmente com o cenário de crise nos Estados Unidos e na Europa.
“Há apenas 10 anos, profissionais brasileiros deixavam o país em busca de melhores empregos e maiores salários no exterior. Mas hoje em dia, trabalhadores qualificados de todo o mundo estão desembarcando no Brasil à procura de trabalho”, diz a correspondente do canal em São Paulo.
 
A matéria exalta o fato de a economia brasileira ter ultrapassado à britânica no ano passado, se tornando a sexta maior do mundo, além da explosão do mercado interno de consumo, com a ascensão de milhões de pessoas à classe média.
Na contramão dos países desenvolvidos, o desemprego no Brasil está no nível mais baixo da história – em torno de 6% –, mas o país ainda enfrenta dificuldades para suprir a demanda por mão-de-obra qualificada, o que, segundo a CNN, é uma oportunidade para jovens profissionais.
A reportagem ouviu um brasileiro cuja família migrou para os Estados Unidos nos anos 1990. Após se formar em Harvard, Jonathan Assayag voltou para o Brasil atraído por melhores oportunidades. Ele não manter uma empresa de tecnologia que abriu na região do Vale do Silício, na Califórnia.
Segundo a CNN, o número de brasileiros retornando ao país dobrou na última década, e eles vêm acompanhados de estrangeiros, em especial empresários e executivos de grandes empresas – o número de trabalhadores de outros países que chegam ao Brasil cresceu 57% no mesmo período.

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