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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 22, 2012

China oferecerá a brasileiros vagas em universidades

 


China oferecerá a brasileiros 5 mil vagas em universidades do país
Acordo foi assinado em reunião da presidente Dilma com premiê chinês.
Serão oferecidas anualmente 250 bolsas de estudo pelo governo da China.
Nathalia Passarinho
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta terça-feira (21) que a China oferecerá a estudantes brasileiros beneficiários do Programa Brasil Sem Fronteiras cinco mil vagas em universidades do país asiático entre 2012 e 2015. O acordo foi firmado em reunião da presidente Dilma Rousseff com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no Rio de Janeiro, onde participam da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
A China oferecerá anualmente 250 bolsas de estudo. “Além disso, serão oferecidas pelo governo chinês 600 vagas nas universidades chinesas sem nenhum custo aos estudantes brasileiros do Programa Ciência sem Fronteira”, disse Mercadante. As demais vagas serão custeadas pelo governo brasileiro.
As bolsas serão oferecidas em áreas consideradas prioritárias pelo Ministério da Educação como engenharias, ciências da natureza e energia renováveis. As bolsas são para cursos de graduação, graduação sanduíche e pós-graduação, em instituições que ofereçam aulas em inglês.
China e Brasil também firmaram acordo para a criação de um centro de cultura brasileira na China, e um centro de cultura chinesa no Brasil.
*Nassif

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