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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 16, 2012

Cuba é uma merda: ONU destaca a eliminação da transmissão materno-infantil do vírus da AIDS.

Cuba produz seis medicamentos anti-retrovirais e continua a investigação no sentido de mais eficazes medicamentos e vacinas.
Cuba na segunda-feira apresentou suas conquistas na luta contra o VIH/SIDA e saúde, apesar do bloqueio dos Estados Unidos, que impede o acesso a novos medicamentos e tecnologias, relatou Prensa Latina. Na ilha já foi removida a transmissão materno-infantil do HIV, enquanto ele está sob o controle da infecção pelo sangue, explicou o representante permanente adjunto de Cuba para as Nações Unidas, Oscar González de León.
Falando em uma sessão da assembleia geral relativa à luta contra este mal, o diplomata sublinhou a baixa prevalência de VIH entre população da idade 15-49, mulheres grávidas e pessoas com doenças sexualmente transmissíveis. Ele explicou que em Cuba há um programa Multisectorial de prevenção e controle no campo e serviços médicos gratuitos são garantidos para toda a população. Há acesso universal à terapia anti-retroviral e é garantido o direito ao emprego, salário total, diferenciados alimentos e pleno exercício dos direitos políticos e sociais das pessoas infectadas.
“Cuba produz seis medicamentos anti-retrovirais e continua a investigação no sentido de medicamentos mais eficazes e uma vacina,” disse o representante cubano. González de León, disse que, para Cuba, o gozo do mais alto padrão atingível de saúde física e mental é um direito humano fundamental e inalienável de todos os seres humanos. Não importa a nacionalidade, raça, sexo, crença, religião, orientação sexual ou qualquer outro pretexto disse para justificar a discriminação e acesso a direitos de saúde, observou ele.  Ele disse que esses direitos tem um amplo apoio jurídico em Cuba e sua realização prática é ampla, apesar dos recursos limitados do país e o bloqueio económico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra a Ilha. Ao mesmo tempo, ele salientou que a ilha ajuda a outros países do terceiro mundo no domínio da saúde, no presente existem 868 38 mil profissionais de saúde.
Além disso, mais de 14 000 estudantes de 122 países têm se formado na escola latino-americana de medicina e outros programas de estudo. Estima-se que os progressos em todo o mundo na luta contra o VIH-SIDA são inadequados e condenou o estigma, a discriminação e a desigualdade entre os sexos como obstáculos ao acesso universal à prevenção, tratamento e cuidados aos pacientes e suas famílias. Contra tudo isto  ele exigiu erradicar a pobreza extrema e a fome, promover a igualdade entre os sexos e a emancipação das mulheres e garantir o direito à educação e a saúde de todas as pessoas e educação sexual para adolescentes e jovens.  Ele apontou que os esforços dos países do Sul para atingir os objectivos do desenvolvimento do milênio, incluindo a saúde, serão praticamente anulados apesar de vontade política para os concretizar.
*GilsonSampaio

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