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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 06, 2012

OS HONORÁRIOS DE THOMAZ BASTOS SERÃO PAGOS COM DINHEIRO SUJO?


 
Por Eduardo Bueres


Sem pátria, sem dogmas, sem posições  ideológicas politicamente aprováveis... 
Esta é uma nebulosa onde não existem limites para insânias. 

Será que somos todos ingênuos e utópicos, ou haverá esperança para um reformador frio dos valores éticos que, universalmente, são tidos de perfil civilizatório?.

Esse questionamento se faz porque envolve valores caros para o nosso sofrido continente que por muito tempo foi tido -  em nível jurídico, inclusive - como um formidável bananal, governado por um punhado de felpudos vilões. 
Dinheiro não fede...

O Dr. Marcio Thomaz Bastos, revelou-se um jurista intransigente, defensor do seu próprio  - e muito legítimo -   direito canino de mordiscar polpudos honorários, dinheirama ganha de forma limpa, tudo dentro do campo do direito; desta vez oriundos da defesa brilhante que sem dúvida fará do gangster Carlinho Cachoeira. 

Custo milionário de defesa que a população inocente, também pagará de forma indireta ao advogado, pelas mãos do bicheiro, porque contribuiu  involuntariamente para ser enganada, através do conjunto de sonegações praticadas incessantemente, por anos a fio, entre outras teras-falcatruas que envolvem as ações corruptoras, endêmicas, na onda da vampirização do dinheiro público; ladroagens descaradas que hoje são desnudadas corajosamente pelas redes sociais, por ser uma lepra que abala a saúde moral  do Brasil.

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:

Seria dessa parte dos lucros espúrios, dinheiro sujo, obtidos por esse grande  chefe de quadrilha mafioso verde e amarelo, o ervanário que os congressistas atestam que fora obtido de maneira desonesta, que ele, o ex- poderoso ministro da justiça de Lula, se reserva sem maiores dramas de juízos piegas, ou remorsos pueris, ao livre e limpíssimo usufruto laboral?.

São 15 milhões de reais, que foram sacados de uma poupança acumulada de procedência gritantemente ilegal e suja, estrategicamente reservada nos cofres do réu, para serem usados 'legalmente' nestes casos, dinheiro que será 'lavado' quando trocar de mãos e passar ao bolso do defensor. Ou o réu teria peregrinado  como qualqur mortal faria em busca de um empréstimo bancário para tal ?.

Por ter sido legalmente contratado, na forma da lei, para livrar a cara do seu cliente que é tido publicamente  como o mais notório e implacável corruptor de valores e consciências, MTB pode ser nivelado á um advogado vip de porta de cadeia?.

Ou seria em verdade um incompreendido paladino defensor do estado de direito, ou um lúcido forjador da moderna Democracia brasileira?.

 
Até então, o únicos acusados de cuspir o sujo  no rosto da população brasileira, são os escabrosos sócios e comparsas mil do bilionário e confiante bandido que, neste momento, é alvo de uma CPI de cristal da qual zomba com o seu silêncio.  

 
Márcio Thomaz Bastos é um jurista consagrado que deveria preservar para usar alta esfera, não somente o seu internacionalmente e reconhecido grande saber jurídico; também a sua trajetória  de livre pensador solidário humanista moderno; de imaculada biografia que, dependendo como acabar a situação do seu cliente bandido - venha ele a ser inocentado nos tribunais e não punido pela sociedade - O ex- ministro não receberá aplausos ou vaias: apenas será fraternalmente trucidado em nível biográfico ante o imaginário popular, que o julgará pelo conjunto da sua obra...

Blog militanciaviva

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