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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 11, 2012

PT quer levar Serra à CPI para explicar contratos de SP com a Delta

O PT apresentou requerimento para ouvir na CPI o candidato a prefeito de São Paulo José Serra (PSDB), para que explique contratos da Delta firmados quando era prefeito.
O partido quer convocar também o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira, o Paulo Preto, figura incômoda para os tucanos. 
*comtextolivre 


O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) propôs que o candidato a prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), compareça à Comissão de Inqueirto Parlamentar. "A construtora Delta chegou à Prefeitura de São Paulo quando o Serra era prefeito e depois aprofundou suas contas com o governo do Estado, quando ele era governador", disse o deputado. Segundo a Polícia Federal, a Delta era um dos braços da organização criminosa.
Dr. Rosinha também defendeu a convocação do ex-diretor de engenharia da estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Nas eleições presidenciais de 2010, Paulo Preto foi o arrecadador do caixa dois do PSDB.Depois, acabou sumindo com 4 milhôes da campanha de Serra que na época era candidato á Presidência da República
Paulo Preto, ja disse que criou condições para que houvesse aporte de recursos nas campanhas do PSDB.
Dr. Rosinha também pediu a convocação, na condição de testemunha, do secretário de Educação de Goiás, deputado federal licenciado Thiago Peixoto (PSD), pré-candidato do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à Prefeitura de Goiânia. Sua candidatura, contudo, se enfraqueceu após ter sido citado em um áudio por Gleyb Ferreira da Cruz, apontado pela Polícia Federal como auxiliar de Cachoeira. Na conversa, Cruz disse que Peixoto repassou modelos de escolas chinesas que o grupo de Cachoeira construiria para posterior aluguel pelo Estado.
Kátia Abreu sai em defesa dos corruptos
A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) apresentou requerimentos para convocação do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e do secretário de Governo de Palmas, Pedro Duailibe. Segundo ela, motivo são as interceptações telefônicas que mostraram que uma ex-assessora da deputada Solange Duailibe (PT), teria recebido R$ 120 mil da construtora Delta.
Entretanto, o governador de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), aliado da senadora Kátia Abreu, mas isso, ela não viu, ou faz vistas grosas, ele também foi citado em áudios da Polícia Federal. Em uma das conversas, Cachoeira diz a seu auxiliar Gleyb ter um encontro marcado com o tucano para tratar de assuntos relacionados à Superintendência da Polícia Federal em Goiânia. Em outra conversa, Cachoeira diz estar ao lado do filho do governador, o ex-senador Eduardo Siqueira Campos, e outras pessoas importantes do Judiciário em um restaurante.
Mais:
*Ajusticeiradeesquerda 

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