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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, julho 29, 2012

Quando a notícia bomba explode no colo de tucanos e de Gilmar Mendes a Globo esconde

 

Como sempre, quando a batata assa para o lado demotucano, não sai nada na TV.

A revista Carta Capital trouxe a matéria com ingredientes novos do "mensalão tucano", entre eles uma listagem em que aparece o nome do ministro do STF Gilmar Mendes, como receptor de R$ 185 mil no "mensalão" tucano de 1998.

O relatório da suposta contabilidade do caixa-2 de campanha chegou às mãos do advogado da família da modelo Cristiane Ferreira, assassinada em Belo Horizonte em 2000.

Para o advogado, o assassinato foi queima de arquivo, pois ela acompanhava políticos importantes do demotucanato mineiro e, na listagem, aparece o nome dela ao lado do nome de políticos, recebendo quantias milionárias.

A listagem é em papel timbrado da agência de publicidade SMPB e assinado por Marcos Valério, que nega a autoria dizendo que o documento é falso. Gilmar Mendes também desqualifica pois o nome de Gilmar aparece como se fosse da AGU (advocacia Geral da União), cargo que ele só veio a ocupar em janeiro de 2000.

Junto com a listagem há a cópia de diversos depósitos ou doc`s de transferência bancária que, em grande parte dos casos, bate com os valores da listagem, o que confere certa credibilidade em seu conteúdo.

Há 3 possibilidade:

1) A lista é verdadeira, e só uma perícia (que será feita) poderá comprovar;

2) A lista era verdadeira e foi adulterada para incluir nomes que não constavam, com fins escusos;

3) A lista é falsa, mas parte de seu conteúdo é verdadeiro, como mostram os comprovantes bancários;

Em qualquer caso o assunto é notícia explosiva que nenhum jornalismo poderia deixar de publicar. O Jornal Nacional não tocou no assunto.
*Osamigosdopresidentelula

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