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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, fevereiro 19, 2013

IMBECEO, A PRAGA DO NEOLIBERALISMO QUE FAZ A ALEGRIA DA GRANDE MÍDIA E DOS MERCADOS DE CAPITAIS

Imagem: latuffAs grandes empresas não têm mais hoje o presidente ou o dono da empresa. Com o mercado de ações e a pulverização das participações das grandes empresas, os controladores profissionalizam a gestão e contratam um executivo que será o presidente ou uma espécie de principal executivo. Ele é denominado atualmente de CEO (acrônimo de Chief Executive Officer). A função dele é aumentar a lucratividade dos acionistas, verdadeiros donos, que fazem parte do conselho de administração.

Nessa situação não é difícil o CEO se tornar um Imbeceo, que é a nova praga do capitalismo de mercado de capitais. O imbeceo é uma espécie de executivo ignorante, é o imbecil do neoliberalismo.  O Imbeceo faz a empresa crescer extraordinarimente em pouco tempo, mas provoca danos nos parceiros, trabalhadores e consumidores. Mais que isso, pode quebrar a economia dos países como ocorreu nos Estados Unidos e Europa em 2008. Protegido pela grande mídia, o imbeceo se prolifera nas grandes empresas.

Ele atua como uma erva daninha tentando prejudicar tudo e todos para tirar o maior lucro possível e impossível, independente das consequências. E isso pode ser feito massacrando funcionários e colaboradores, falsificando produtos, baixando a qualidade ao máximo, fazendo publicidade enganosa, alterando quantidade de produtos, comprando governos e funcionários públicos.

Tudo vale para se tornar o executivo que aumentou a lucratividade , ganhou enormes bônus e ficou conhecido no meio empresarial.  O problema são as consequências para a população e para as economias dos países. Produtos de baixa qualidade, recall, contaminações e todo tipo de degradação tendem a se intensificar com os imbeceos.

*Educaçãopolitica

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