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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 09, 2012

Sete mentiras da Veja


Em nossa cultura cada número tem um significado, são ditos populares que expressam características de uma pessoa ou uma superstição, no caso da revista Veja o número 7 – número do mentiroso – é o que melhor lhe cabe.

O portal da UJS levantou sete casos em que a revista Veja inventou fatos e forjou provas, sempre com o intuito de prejudicar algum desafeto, mas, jamais com intuito de fazer aquilo que o bom jornalismo prega, investigar, informar e garantir o direito ao contraditório em suas matérias.

1. “Escola dos horrores”
Em 1994, Veja publica matéria em que acusa donos da Escola de Base, no bairro da Aclimação (SP), de praticar abusos sexuais contra crianças. O caso ficou famoso em todo o País, a escola foi depredada e fechada, algum tempo depois se provou que as acusações feitas pela revista eram infundadas, o Estado foi obrigado a pagar uma indenização, mas a imprensa fez-se de desentendida e nem sequer uma autocrítica publicou.

2. “Tentáculos das Farc no Brasil”
Em março de 2005, a matéria de Veja tenta provar suposta relação do movimento guerrilheiro colombiano com o comando da campanha do ex-presidente Lula e vai além, a revista afirma ter acessos a documentos secretos – desta maneira não apresenta nenhuma prova, pois, são documentos “secretos” – de que as Farc teriam feito uma doação de cinco milhões de dólares para a campanha presidencial de Lula. O ministério público fez investigação e nada foi provado. Como é de costume da revista, esta matéria seria mais uma tentativa de prejudicar o então candidato Lula, desafeto de longa data de Roberto Civita, dono da revista.

3. “Os dólares de Cuba para a campanha de Lula”
Esta matéria foi publicada em 2005 durante a campanha presidencial. Sem nenhuma prova concreta ou algo que valha Veja afirma com todas as letras: “Entre agosto e setembro de 2002, o comitê eleitoral de Lula recebeu US$3 milhões vindos de Cuba. Ao chegar a Brasília, por meios que Veja não conseguiu identificar”. Sempre de maneira dissimulada, sem apresentar nenhuma prova e mesmo admitindo não saber de todos os fatos, publica-se matéria de capa com acusações estapafúrdias que até hoje não foram comprovadas.

4. “Parece milagre”
Em setembro de 2011, Veja publica matéria de sete páginas (o número da mentira) para falar de um remédio para emagrecimento, na matéria a revista faz elogios ao remédio e cita o nome do emagrecedor como que fazendo uma propaganda do produto, entretanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia limitado o uso do remédio, a agência diz expressamente em um dos seus relatórios que “o uso do produto [...] caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população”. De maneira irresponsável Veja colocou em risco a vida de seus leitores com o objetivo único de se beneficiar.

5. “José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília”
Em agosto de 2011 Veja publica matéria conseguida de maneira pitoresca, tentando provar que o ex-ministro José Dirceu ainda tem poderes no governo e no Partido dos Trabalhadores – que até então nada tem de ilegal –. Um jornalista invade o hotel onde o ex-ministro se hospedara e fazia reuniões com correligionários, na invasão o jornalista tenta violar o quarto do ex-ministro no intuito de forjar provas, não tendo sucesso o mesmo roubou imagens do circuito interno de TV do hotel. O responsável pela segurança do hotel registrou ocorrência em uma delegacia de Brasília e até hoje nada foi feito para que se punisse a atitude criminosa da revista e de seu jornalista.

6. “Militante do PCdoB acusa Orlando Silva de montar esquema de corrupção”
Na reportagem de 15 de outubro de 2011, Veja acusa o ex-ministro dos esportes Orlando Silva de montar um grande esquema de corrupção. A revista utiliza como fonte um policial militar do distrito federal que dirigia uma ONG e havia sido condenado pelo ministério e pelo Tribunal de Contas da União a devolver recursos ao próprio ministério dos esportes por falta de prestação de contas. A tal fonte não podia mesmo ser de todo confiável, pois, estava em litígio com o ministério dos esportes e apresentava patrimônio muito acima de seus rendimentos. O policial João Dias com ajuda da revista Veja afirmou que o ministro recebera dinheiro na garagem do ministério e que tinha provas, entretanto, as provas nunca foram apresentadas, o policial encontra-se preso e a revista fez-se de desentendia.

7. “Só nos sobrou o Supremo”
Em 8 de junho de 2011, a Veja entrevista o senador Demóstenes Torres e o apresenta como um parlamentar combativo e honesto. A entrevista revelou-se recentemente como uma manobra de Veja para ajudar o senador em sua empreitada de estabelecer uma boa imagem de sua figura como um dos últimos homens honestos no senado federal. Recentemente a prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira mostrou uma relação íntima do senador com o bicheiro, jogando por terra a imagem de homem probo, entretanto, gravações da Polícia Federal revelaram que a revista Veja também tinha relações íntimas com o bicheiro e sabia das relações do próprio parlamentar com o bando criminoso de Carlinhos Cachoeira. Ora se a revista sabia da relação do parlamentar com um grupo criminoso e, também se relacionava com os contraventores como pode levar seus leitores ao engano produzindo uma entrevista que ajudava um criminoso a se beneficiar eleitoralmente? São questões que precisam ser esclarecidas.

Na contramão do Brasil e a serviço dos bancos, O Globo fabrica crise entre Febraban e governo. Pior para os bancos

 

Reprodução de capa de O Globo com suposta reação de bancos a Dilma
Mantendo sua tradicional postura a favor do mercado e contra qualquer política de governo em favor dos mais pobres, O Globo ontem lançou manchete tentando criar uma crise entre governo e bancos. Sua manchete, reproduzida ao lado, foi "Bancos reagem a Dilma e não garantem crédito maior".

Houve alguma declaração da Febraban ou dos bancos ou mesmo de algum banco nesse sentido? Não. A reportagem do jornal feita a partir da manchete retrata isso. Tudo se baseou num relatório produzido pelo economista-chefe da federação:


Intitulado "Informativo Semanal de Economia Bancária", o relatório é o resultado de uma consulta feita pela própria Febraban junto aos bancos sobre as principais estimativas dos bancos. No texto divulgado ontem, não há menção sobre a pressão do governo. O texto de Sardenberg diz que "a mudança nas regras da poupança funcionou como estímulo adicional para o mercado trabalhar com a expectativa de novos cortes na Selic". Mas, em seguida, pondera que a "questão que se coloca agora é até que ponto essas reduções (de juros e da remuneração da poupança) vão estimular a ampliação da oferta de crédito". Para a Febraban, o país vive hoje um paradoxo econômico, que funciona como obstáculo para os objetivos do Planalto. "A piora dos indicadores, especialmente os externos, abre espaço para quedas adicionais dos juros básicos, mas ao mesmo tempo parece impor uma cautela adicional aos agentes econômicos" [íntegra aqui].


Como se vê, não há reação alguma feita pelos bancos. Tudo ficaria por aí se O Globo não tivesse puxado o relatório para sua capa com uma manchete agressiva, dizendo que os bancos estavam reagindo ao governo.

Pior para os bancos. A presidenta, segundo contam, não teria ficado nem um pouco satisfeita e exigiu uma retratação da Febraban. E que fosse feita por escrito. A Febraban concordou e a nota foi emitida na tarde de ontem. Trecho (o destaque em negrito é meu):


A Diretoria de Economia da FEBRABAN produz o Informativo Semanal de Economia Bancária-Iseb há quatro anos. A edição de nº 140, divulgada na segunda-feira dia 7 de maio, trouxe uma análise da conjuntura do mercado de crédito baseada em dados e estatísticas públicos e na pesquisa sobre expectativas e projeções e opiniões dos analistas, que não podem ser interpretados como um posicionamento oficial da entidade ou de seus associados. [íntegra aqui]

Reprodução de capa de O Globo, com retratação da Febraban
Hoje, com o rabo entre as pernas, olha onde foi parar a manchete de ontem. Num cantinho envergonhado, com a retratação dos bancos, que, na verdade, deveria ser a retração de O Globo, que, na ânsia de agradar seus patrocinadores, quis ser mais realista que o rei e quebrou a cara.

O Brasil segue em frente, apesar das cascas de banana das Organizações Globo.

Polícias Civil do Rio e Federal pedem à Globo fitas do Fantástico com denúncias de corrupção. Globo diz que apagou

Lembra aquela reportagem do Fantástico do mês passado em que funcionários e até donos de empresas eram pegos numa pegadinha do repórter que se fazia passar por diretor de hospital fazendo licitação?

Lembra que a reportagem mostrava como eram corruptos e acenavam com comissões para o diretor-repórter?

Pois as Polícias Civil do Rio e Federal pediram à emissora o material bruto (todas as fitas com a íntegra das gravações) da reportagem, e não apenas o material editado que foi ao ar, e a Rede Globo disse que não mantém em arquivo as fitas brutas das imagens, mas apenas o que vai ao ar.

Ou seja, tudo aquilo pode ter sido uma grande farsa montada pela emissora. Vou mostrar como, simulando Repórter (R) e emissário de empresa (E).

Se a íntegra do diálogo entre os dois foi assim:

R -  Mas vocês não têm assim um esquema, um agrado, uma comissão para o comprador?
E - Não.
R - Mas sabe que existem pessoas que agem assim, não sabe?
E - Sei.
R - Cá entre nós, como isso é feito?
E - Não sei. A gente ouve falar.
R - Seria como? Na mão grande, a pessoa oferece?
E - É... Eles dizem assim "olha, nós podemos fazer o preço de acordo com sua comissão. Pode ser 15, 20%"...
R - Chega a ser tanto assim?
E - Em algumas concorrências, sim.
R - Mas, como é que falariam pra mim. Vamos supor, você...
E - "Olha, a gente pode trabalhar com a sua faixa... Se quer 20% a gente dá. O importante é o cliente ficar satisfeito"...

Etc, etc...

Agora, vamos para a edição: o que seria cortado do diálogo e o que iria ao ar. Vou usar aqui as frases do Emissário (que poderia ser você, leitor, você, leitora), que estão em negrito acima:

E - Olha, nós podemos fazer o preço de acordo com sua comissão. Pode ser 15, 20%.  Se quer 20% a gente dá. O importante é o cliente ficar satisfeito.

A diferença entre o que aconteceu e o que foi ao ar é gritante. O que o suposto Repórter e o suposto Emissário conversaram foi uma coisa. O Emissário da empresa disse que NÃO pagava propinas. Mas, estimulado pelo Repórter, disse que sabia do esquema feito por algumas pessoas, e o reproduziu, fazendo-se passar por um dos corruptores.

O que teria ido ao ar nesse exemplo que criei, incrimina o Emissário, mostra-o como se estivesse oferecendo comissão, o que ele não fez e disse que não fazia.

Voltando ao nosso mundo real, e  saindo do mundo Fantástico, suponha que você tenha sido o Emissário, a Emissária atingido(a) pela reportagem. O Brasil inteiro, a partir daquele domingo, o (a) viu como um(a) corrupto(a) fdp.

E o que você alegaria em sua defesa? Que não disse aquilo, que suas palavras foram truncadas, editadas.

Mas, como provar? Pedindo o material bruto, não editado pela Globo, à emissora...

Pois eles dizem que apagam. Divulgam (ou difamam) sua imagem, e depois alegam, com a maior cara de pau, que não mantêm em arquivo o material bruto.

Processo neles, pessoal.
*BlogdoMello


Emergentes puxam expansão global

De Genebra
O crescimento econômico da China chegará a 70% em termos acumulados entre 2007 e 2013, comparado a zero na União Europeia e 6,6% nos Estados Unidos, refletindo como a crise financeira empurrou os rumos da economia mundial para a Ásia.
Estudo do Deutsche Bank, um dos maiores bancos do mundo, mostra que, na média, os emergentes terão crescimento acumulado de 37% no período. No caso dos países da América Latina, incluindo o Brasil, a expansão econômica acumulada ficará em 22%; no Leste Europeu, em 15%.

Mais: http://blogdofavre.ig.com.br/2012/05/emergentes-puxam-expansao-global/

Investimento externo é recorde na AL, mas prioriza países seguros


e São Paulo
O investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina bateu recorde em 2011, atingindo US$ 153,4 bilhões, segundo relatório divulgado ontem pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), órgão das Nações Unidas. O grande volume de ativos multinacionais na região, a boa rentabilidade e o bom desempenho da economia explicam a alta, mas os dados sugerem que os investidores preferem aplicar seu dinheiro em países que, além do dinamismo da economia e de recursos naturais, oferecem estabilidade jurídica e macroeconômica.
Com US$ 66,6 bilhões, o Brasil segue na ponta do ranking, sendo responsável 43,4% do IED na região em 2011. O México (US$ 19,4 bilhões) vêm em seguida. A Europa foi a maior fonte de investimentos, respondendo por quase 40% do IED total em 2011. Empresas dos EUA (18%) e do Japão (8%) são outros grandes investidores.

VETA DILMA!



O Código Florestal está agora em suas mãos, após 13 anos.


Veja, até este número é muito significativo. É o seu e o nosso número. E mais ainda, um projeto destes, nas mãos de uma mulher, PRESIDENTA. Não somente o povo brasileiro mas o mundo confia em suas mãos e coloca no seu coração este grande projeto tão funesto à maioria do povo brasileiro.

Temos grande confiança de que ele terá o VETO TOTAL de sua parte.

Por que Veto Total? Sim, porque o povo brasileiro precisa participar de uma decisão tão importante. Não queremos mais tanta terra destinada ao agronegócio destruindo o meio ambiente e excluindo multidões para as periferias de nossas cidades, vivendo em situações desumanas e indignas da pessoa humana. Chega de espaço para a soja e o gado, envenenando a população e poluindo nossa água com agrotóxicos. Precisamos terra para os pequenos proprietários, fortalecer a agricultura familiar, a economia solidária, as hortas e roças comunitárias. Precisamos dar dignidade aos milhares de brasileiros e brasileiras acampados em barracos de lona a beira das estradas, gritando por um pedaço de chão e condições dignas de vida e trabalho. Precisamos dar respeito e dignidade às nações indígenas em conflitos e aos afrodescendentes em conflitos de terra em tantos Estados deste país.

VETA DILMA! Ouça a palavra angustiante da sociedade civil, dos movimentos sociais e populares, das igrejas e religiões, comprometidas com o direito e a justiça. Ouça os indígenas, ouça os quilombolas, os
ciganos, a população de rua. Eles e elas saberão dizer que tipo de Brasil nós queremos.

Quero iluminar este seu momento decisivo com a Palavra de Deus. Nosso Deus, ou outro nome que lhe queiramos dar, é o Deus da VIDA, da ESPERANÇA, do AMOR, da JUSTIÇA e do DIREITO. “Ele governa teu povo com justiça e teus pobres conforme o direito. Ele liberta o indigente que clama e o pobre que não tem protetor. Ele tem compaixão do fraco e do indigente, e salva a vida dos indigentes” – Sl 72(71), 2 e 12-13. E com relação à terra diz: “a terra não poderá ser vendida para sempre, porque a terra me pertence, e vocês são para mim imigrantes e hóspedes” – Lv 25.23.

Portanto, Dilma, nossa querida Presidenta – VETO TOTAL, meio-termos não respondem aos anseios e aspirações do povo brasileiro.

Força e coragem, DILMA.

Cleofa Marlisa Flach

Cuiabá – MT – 08.05.2012.
*Ajusticeiradeesquerda

Altamiro Borges: Vídeo pra Veja: Demóstenes é inocente


*Ajusticeiradeesquerda

Britto cria fórum pela
liberdade de expressão.
Blogueiros, vitória !

A liberdade de imprensa é irmã siamesa da democracia

Saiu no Estadão: 

CNJ cria fórum permanente para defender a liberdade de imprensa


‘Esse é um processo cultural que demanda certo tempo’, afirmou o presidente do Supremo


Felipe Recondo,

de O Estado de S. Paulo


BRASÍLIA – As decisões judiciais contrárias à liberdade de imprensa levaram o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a criar um Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa. A proposta, feita pelo presidente do Conselho, Carlos Ayres Britto, foi aprovada nesta terça-feira, 8, por unanimidade pelos integrantes do CNJ.


Ayres Britto afirmou que o fórum deverá acompanhar o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou ser incompatível com a Constituição a Lei de Imprensa aprovada ainda no governo militar e que, de acordo com o STF, criava embaraços para o livre exercício da liberdade de imprensa.


O fórum, entretanto, não terá competência para rever ou censurar decisões judiciais contrárias à liberdade de imprensa.


“Não podemos intervir em decisão do poder Judiciário”, afirmou Ayres Britto. “O que vamos fazer é um fórum permanente. Esse é um processo cultural que demanda certo tempo”, acrescentou o ministro.


Seminário. A proposta foi adiantada por Britto no Seminário Internacional de Liberdade de Expressão, na semana passada, em São Paulo. Nos dois dias do seminário, promovido pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), especialistas avaliaram que juízes de primeiro e segundo graus condenam jornalistas e meios de comunicação, o que restringe a liberdade de expressão e de imprensa.


“Onde for possível a censura prévia se esgueirar, se manifestar, mesmo que procedente do Poder Judiciário, não há plenitude de liberdade de imprensa”, afirmou Ayres Britto no seminário. “A liberdade de imprensa ocupa, na Constituição, este pedestal de irmã siamesa da democracia”, acrescentou.

Navalha
Alô, alô Cerra, Dantas, Gilmar e assemelhados.
Juiz não é censor.
Acho, logo existo !
Clique aqui para ler sobre as 40 ações que Dantas e assemelhados movem contra este ansioso bloguero, na vã esperança de derrotá-lo pelo bolso, através de uma censura imposta pelo Poder Judiciário. Não perca a divertida Galeria de Honra Daniel Dantas.
Clique aqui para ler “Barão de Itararé convida Ayres Britto para encontro de blogueiros sujíssimos”.
E aqui para ler “Delegado inculpa brindeiro Gurgel, e Globo tenta blindá-lo “.




Paulo Henrique Amorim

Pau de arara

Carlos Lyra ainda vivia sua fase de maior criatividade — que coincidiu com o melhor período do contemporâneo Tom Jobim — quando começou a sua parceria com Vinícius de Moraes. Então, certo dia, ao entregar ao poeta uma fita com várias melodias para serem letradas, dele recebeu a sugestão de transformarem aquele repertório num musical.
Assim surgiu Pobre Menina Rica, com Vinícius criando-lhe as letras, o enredo e os personagens que, após uma mudança de teatro, vários atores foram substituídos, Entre estes estava o paulista Ary Toledo, que pediu a Lyra para gravar Pau de Arara, a música que cantava no palco.
Depois de uma gravação realizada em estúdio e lançada num compacto, Ari Toledo voltou a gravar Pau de Arara, desta vez ao vivo, no Teatro Record, durante o programa O Fino da Bossa, versão que ganhou gargalhadas estrepitosas da plateia e de Elis Regina, o que acabou enriquecendo em alegria e espontaneidade a performance do intérprete.
O sucesso do disco foi tamanho, que fez muita gente pensar que Ary Toledo era realmente um mísero cearense, autor de O Comedor de Gilete, nome pelo qual a composição ficou conhecida.
 
 
Pau de arara 
Carlos Lyra e Vinícius de Moraes
Eu um dia cansado que tava
da fome que eu tinha
eu não tinha nada
que fome que eu tinha ,
que seca danada no meu Ceará
eu peguei e juntei
um restinho de coisas que eu tinha:
duas calças velhas e uma violinha
e num pau de arara
toquei para cá.
E de noite eu ficava na praia de Copacabana
zazando na praia de Copacabana
dançando o chachado pras moças olhá
Virgem Santa
que a fome era tanta
que nem voz eu tinha
Meu Deus quanta moça
que fome que eu tinha
Mais fome que tinha no meu Ceará
puxa vida que num tinha uma vida
pior do que a minha
que vida danada , que fome que eu tinha
zazando na praia pra lá e pra cá
quando eu via toda aquela gente
no come que come
eu juro que eu tinha saudades da fome
da fome que eu tinha no meu Cearà
e ai eu pegava e cantava
e dançava o xaxado
e só conseguia porque no xaxado
a gente só pode mesmo se arrastá.
Virgem Santa
que a fome era tanta
qu'inté parecia que mesmo xaxado
meu corpo subia
igual se tivesse querido voar.
Vou-me embora pró meu Ceará
porque lá tenho um nome
aqui não sou nada
sou só Zé com fome
sou só Pau de Arara
nem sei mais canto
vou picar minha mula
vou antes que tudo rebente
porque estou achando que o tempo está quente
pior do que antes não pode ficar.

*comtextolivre

Estudo sobre homicídio de mulheres coloca Brasil em 7º lugar no ranking mundial

Estados com maiores números de casos violentos foram Espírito Santo, Alagoas e Paraná
Um estudo divulgado nesta segunda-feira, 7, apontou que o Brasil tem o sétimo maior índice de homicídios entre as mulheres entre 84 países. De acordo com a pesquisa, a taxa de homicídio no país ficou em torno de 4,4 vítimas para cada 100 mil mulheres.
El Salvador lidera o ranking, com taxa de 10,3 vítimas para cada 100 mil mulheres. Na frente do Brasil ainda aparecem Trinidad e Tobago (7,9), Guatemala (7,9), Rússia (7,1), Colômbia (6,2) e Belize (4,6).
Com taxa zero, Marrocos, Egito, Bahrein, Arábia Saudita e Islândia estão na outra ponta do índice de homicídios entre as mulheres.
A pesquisa, coordenada pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, foi batizada de 'Mapa da Violência de 2012: Homicídios de Mulheres no Brasil' e foi feita com apoio da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais - FLACSO - e do Instituto Sangari.
O objetivo do estudo é traçar um panorama da evolução do homicídio de mulheres entre 1980 e 2010, quando foram assassinadas 91.932 mulheres, sendo quase a meta e - 43.486 mortes - na última década desse período.
Os Estados com maiores taxas, no ano de 2010, foram: Espírito Santo, Alagoas e Paraná, com taxas de 9.4, 8.3 e 6.3 homicídios para cada 100 mil mulheres, respectivamente.
Um detalhe também significativo é o local onde aconteceu a agressão: em 69% das vítimas femininas atendidas pelo SUS, foi na própria casa.
O relatório completo do estudo pode ser acessado pelo site: http://www.mapadaviolencia.net.br/
*comtextolivre

Violência contra as mulheres, no Brasil, cresceu 200% em 30 anos






Entre os anos de 1980 e 2010 aproximadamente 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil. Segundo o Mapa da Violência, última década concentrou 43,5% das ocorrências do período avaliado.


Entre os anos de 1980 e 2010 aproximadamente 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil. O “Mapa da Violência no Brasil 2012” apresentou nesta semana, um caderno especial denominado “Homicídio de Mulheres no Brasil”. No documento consta que a última década concentrou 43,5% das ocorrências do período avaliado.
O percentual de vítimas identificadas anualmente cresceu mais de 200% em 30 anos. Em números proporcionais, o relatório destaca um índice de 4,4 homicídios para cada grupo de 100 mil representantes do sexo feminino. Essa situação coloca o Brasil em sétimo lugar no ranking dos países onde mais ocorrem feminicídios.
A partir dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, o relatório identificou 48.152 atendimentos a mulheres relativos à violência doméstica, sexual e outras formas de agressão. Em média, a cada cinco minutos, uma mulher é agredida no país.
Em 69% dos casos notificados, a mulher sofreu a agressão na própria residência, sendo o cônjuge o principal agressor. Em segundo lugar vem a via pública, onde foram verificados 17% dos casos. Essas notificações são realizadas pelo gestor de saúde, diante da suspeita de situações de violência.
O Mapa da Violência ainda mostra que no ano de 2007 a taxa de homicídios contra mulheres teve a primeira queda do período avaliado. A redução foi atribuída à entrada em vigor da Lei Maria da Penha, no fim de 2006. No entanto, o índice voltou a crescer sem interrupções a partir de 2008.
*Cappacete

Marcha das Vadias de Brasília

Marcha das Vadias DF, 26 de maio de 2012.
Concentração às 13h, em frente ao Conic, próximo à rodoviária do Plano Piloto.
No Maria da Penha Neles!
*comtextolivre