*O novo Fusca
O "Besouro brasileiro" vai voltar! |
Vamos matar a saudade! Só que agora de maneira mais arrojada, elegante e tecnológica.
A Volkswagen vai lançar sua nova linha do FUSCA, que já foi o mais cobiçado e amado carro Brasileiro; uma verdadeira paixão nacional.
Nos anos 60 e 70; Calça Lee, Rádio de Pilha e Fusca, todo mundo tinha!
Previsão de lançamento no 1º semestre de 2011.
Tecnologia velha de 100 anos
O tema é: os carros electrícos.
Os automobilistas do Velho Continente, tal como os Norte-Americanos, já sabem: o futuro, segundo as grandes marcas construtoras de viaturas, é eléctrico.
E na prática não há uma casa automobilística hoje que não tenha no meio dos projectos um modelo híbrido (motor a gasolina acoplado com a um motor eléctrico); alguns já estão à venda, enquanto para os eléctricos "puros" (movidos exclusivamente com o motor eléctrico) será preciso esperar ainda poucas semanas.
Os próximos carros 100% eléctricos terão dois defeito: o preço e a autonomia.
No primeiro caso, os valores anunciados já são ridículos (o já citado Nissan consegue percorrer 160 quilómetros, depois pára), mas na utilização quotidiana são destinados a diminuir ulteriormente.
No segundo caso, um carro horrível como o Nissan Leaf custará 35 mil Euros: quanto um BMW Série 3 a gasolina, mais mais caro (de 2.000 Euros) dum Mazda 6 Turbodiesel.
Mas sabemos como é: estamos a falar de high tech, tecnologia de ponta, expressões máximas da engenharia do século XXI.
Os originais
O carro à direita é um Model 1316 da Woods Electric, construído em 1912: a velocidade máxima era pouca coisa, 33 km/h, e a autonomia era de 160 km.
O Nissan Leaf atinge os 160 km/h de velocidade, nada mal.
Pena que nestas condições a autonomia fique extremamente reduzida.
E quanto seria a dita autonomia em condições oprimais?
160 quilómetros, o mesmo valor do Model 1316 de 1912.
Em quase 100 anos de evolução, a industria automobilística conseguiu a mesma autonomia dum carro de 1912.
E que dizer dos tão publicitados híbridos, jóias das coroas dos maiores produtores de carro?
À esquerda o Lohner-Porsche Mixte Hybri, construído entre 1900 e 1905.
Desenvolvido por Ferdinand Porsche, funcionava com um motor eléctrico e um motor a gasolina, atingindo a velocidade máxima de 60 km/h. E tinha tracção integral.
Não era bonito? Não, não era. Porque, o Leaf é bonito?
A verdade é que entre o fim do século XIX e o inicio do XX (até os anos '30), era muito comum ver veículos eléctricos nas ruas, tanto comum quanto ver um carro a gasolina. Aliás: os carros eléctricos eram os mais vendidos.
E a razão era simples: a operacionalidade dos veículos movidos com energia eléctrica era simples (não eram necessárias mudanças), limpa e não barulhenta e a manutenção era reduzida pois não existem radiadores, óleo ou a vela de ignição.
Na altura a industria ainda não tinha decidido em qual dos dois tipos de propulsão apostar e os veículos eléctricos estavam no mesmo patamar dos a gasolina enquanto prestações.
O primeiro carro a ultrapassar a barreira dos 100 km/h, por exemplo, foi um carro eléctrico (La Jamais Contente, em 1899).
Entre 1910 e 1924 era oferecido um serviço de troca da bateria, praticado pela Hartford Electric Light Company para camiões eléctricos. O proprietário adquiria o veículo da General Electric Company (GVC) sem bateria, fornecida depois pela Hartford: o proprietário pagava uma taxa variável por quilometro e uma taxa de serviço mensal para a manutenção e o eventual armazenamento do camião. Ao longo de 14 anos foram mais de 6 milhões os quilómetros percorridos desta forma.
Eléctrico vs. gasolina
Mas, afinal, os carros movidos a gasolina acabaram por suplantar os "irmãos" eléctricos. Porquê?
Como resposta é possível fornecer alguns dados:
- em 1859 é aberto o primeiro poço petrolífero dos Estados Unidos, em Pensilvânia.
- em 1870 é fundada a primeira companhia petrolífera, a Standard Oil, de propriedade dum certo J.D.Rockfeller.
- Pouco depois, o governo dos Estados Unidos decidiu não taxar a produção de petróleo.
Assim, o desenvolvimento do motor eléctrico parou, para favorecer o mais poluente motor de combustão interna.
E agora, passados 100 anos, as casas automobilísticas decidiram voltar a propor a mesma tecnologia obsoleta, desta vez com uma camada high-tech e, claro, preço a condizer.
*informainc
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