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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 19, 2011

Americana Chevron é suspeita de ir além do permitido e tentar atingir pré-sal


A Polícia Federal investiga se a petroleira Chevron teria perfurado além dos limites permitidos no campo de Frade, no litoral fluminense. Na tentativa teria ocorrido o acidente que deu origem ao vazamento de petróleo que já dura 11 dias. A possibilidade de a Chevron estar tentando alcançar indevidamente a camada pré-sal é discutida internamente na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), já que foi utilizada sonda com capacidade para perfurar a até 7.600 metros. A PF também investiga a suspeita de que a Chevron empregue estrangeiros em situação irregular no País

Ambiente

. Delegado confirma suspeita, também levantada por técnicos da Agência Nacional de Petróleo (ANP), após vazamento do Campo de Frade, em Campos, que já dura 11 dias; empresa também é investigada por empregar estrangeiros sem autorização no País - As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

A Polícia Federal está investigando a possibilidade de a petroleira norte-americana Chevron estar tentando indevidamente alcançar a camada pré-sal do Campo de Frade. Na tentativa, teria ocorrido a ruptura de alguma estrutura do poço perfurado, dando origem ao vazamento de petróleo na Bacia de Campos (RJ), que já dura 11 dias. Técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) admitiram ontem que discutem internamente essa possibilidade.

O delegado Fábio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF e responsável pelo inquérito, disse que "uma das hipóteses com as quais trabalhamos é a de que o acidente pode ter ocorrido pelo fato da empresa ter perfurado além dos limites permitidos". Os especialistas da ANP suspeitam de que o emprego pela Chevron de uma sonda com capacidade para perfurar a até 7.600 metros, quando o petróleo em Frade aparece a menos da metade dessa profundidade, é um indicativo de que a companhia poderia estar burlando seu plano de prospecção do campo.

Além de investigar a hipótese de que haveria em curso, antes do acidente, uma ação exploratória em direção ao pré-sal, a ANP pretende apurar falhas na construção do poço, o emprego de material inadequado e a falta de realização de testes de segurança antes do início da perfuração.

A Chevron tem quatro poços autorizados no Campo de Frade. O site da ANP informa que um deles está concluído e os outros três (6CHEV4ARJS, 9FR47DRJS e 9FR49DPRJS), em fase de perfuração, em lâminas d"água que variam entre 1.184 metros e 1.276 metros de profundidade.

Ex-presidente da Associação Brasileira dos Geólogos de Petróleo, Nilo Azambuja afirma que as conjecturas que surgem em relação às causas do vazamento na Bacia de Campos, até mesmo as que vêm sendo investigadas pela ANP, não podem ser consideradas definitivas.

Segundo ele, a Chevron poderia estar tentando alcançar o pré-sal, sem que isso represente uma irregularidade. "A área é dela, se quiser pode ir ao Japão", afirmou ele, acrescentando que a empresa deve, com até 20 dias de antecedência, avisar a ANP sobre seus planos de perfuração, com detalhes da profundidade.


Estrangeiros.

A Polícia Federal também investiga a suspeita de que a Chevron empregue estrangeiros em situação irregular no País. Segundo o delegado Fábio Scliar, há indícios de que até pessoas que não deram entrada oficialmente no Brasil estejam trabalhando em plataformas localizadas no litoral brasileiro.

"Trata-se de um ilícito administrativo. Mas é algo sério. Se isso for comprovado e esses estrangeiros em situação irregular estiverem recebendo salários no exterior, por exemplo, já se configura crime de sonegação fiscal e de sonegação previdenciária", explicou o delegado responsável. Um porta-voz da empresa negou essa possibilidade

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a prioridade, no momento, é conter o vazamento. "Estamos agindo neste sentido. Depois, vamos passar para a fase de apuração de responsabilidades e penalidades. Teve dano ambiental, tem multa, a legislação é clara. A área técnica vai produzir relatórios e, depois, vamos dar satisfação à sociedade", disse.

Já o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), reforçou sua posição de que os Estados produtores de petróleo têm de receber uma maior parte dos royalties pois são afetados pela operação. "Esse acidente é a demonstração clara do que significa um dano ambiental em um Estado produtor de petróleo. É uma prova de que eles devem receber uma parte maior dos royalties.".

WikiLeaks mostra telegramas em que José Serra queria entregar Pré-Sal para os americanos

 

Nos telegramas, é claro o entusiasmo dos americanos com José Serra e  com o pré-sal, chamado pela ex-cônsul Elizabeth Lee Martinez de "nova excitante descoberta" e "oportunidade de ouro" para as empresas americanas oferecerem tecnologia para a exploração.

Kassab tira férias e vai passear em Paris

Em férias de sete dias, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), viaja hoje a Paris para,segundo ele, apresentar a candidatura de São Paulo como sede da Expo 2020, exposição mundial. "É um evento mais importante para a cidade do que a Copa do Mundo de 2014", afirma Kassab. Só para inscrever a capital paulista, a Prefeitura pagou hoje R$ 180 mil ao Bureau International des Expositions de Paris.

A comitiva do prefeito na capital francesa inclui assessores, secretários, o vice-presidente da República, Michel Temer, e representantes de empreiteiras do País. Após a visita, os secretários e assessores de Kassab vão até Londres, na Inglaterra, onde farão uma visita técnica ao parque olímpico em construção na cidade-sede da Olimpíada de 2012.

Em licença não remunerada, Kassab vai pagar as próprias despesas, assim como o vice-presidente e os sócios de empresas como a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa. Para assessores e secretários, porém, o governo municipal vai bancar diárias de até US$ 495 dólares (R$ 891) para hospedagem, transporte interno e alimentação.

Os secretários adjuntos das pastas de Comunicação e de Relações Internacionais, um assessor pessoal do prefeito e o secretário especial de Articulação para Grandes Eventos, Walter Feldman, integram a comitiva. Quatro assessores da Secretaria de Relações Internacionais também estarão na viagem. A Prefeitura ainda mandou imprimir R$ 3,2 mil em folhetos de divulgação sobre a cidade, que serão distribuídos em Paris.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 
*osamigosdopresidentelula

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