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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, novembro 27, 2011

Grã Bretanha iniciará tratamento de câncer do pulmão com vacina cubana

Por Redação, com agências internacionais - de Havana e Londres

vacina

A vacina cubana será testada em pacientes britânicos

A primeira vacinaterapêutica contra o câncer de pulmão, criada por cientistas cubanos, será aplicada “em poucos dias” a um grupo de pacientes britânicos, anunciou um executivo encarreghado de sua distribuição na Europa. A informação foi divulgada pela agência francesa de notícias France Press (AFP), neste sábado.

– Um novo estudo clínico com a vacina terapêutica cubana contra o câncer de pulmão (Cimavax-EFG) começara dentro de poucos dias num grupo de pacientes do Reino Unido – disse o diretor científico do grupo farmacêutico Bioven, o belga Erik Dâ’Hondt, que não precisou o número de enfermos.

Dâ’Hondt destacou que Bioven “favorece as investigações com o produto em outras nações da Europa” e na “Austrália, Tailândia e Malásia”, de acordo com a agência cubana Prensa Latina. A vacina, criada por especialistas do Centro de Imunologia Molecular (CIM), uma das instituições do Polo Científico do oeste de Havana, foi registrada na Ilha em janeiro depois de se provar sua eficiência em mais de mil pacientes, sem q eu se produzissem efeitos adversos severos.

O produto, primeiro de seu tipo no mundo, “demonstrou benefícios quanto a maior expectativa e qualidade de vida das pessoas tratadas” e “os especialistas cubanos estão muito entusiasmados com os resultados obtidos”, explicou a investigadora do CIM, Zoraida Acosta. A cientista precisou que o Cimavax-EFG, composta por duas proteínas: fator de crescimento epidérmico e a P-64k, também registrada no Peru, “se aplicará não somente em pessoas com câncer de pulmão em etapas avançadas como também naqueles em estágio intermediário.”

Os especialistas do CIM sustentam que o objetivo da vacina é coverter o câncer de pulmão avançado em um tipo de enfermidade que não avance, embora não curável, e avaliam seu uso em outros tumores como os de próstata, útero e mama.

*CorreiodoBrasil

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