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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, novembro 23, 2011

Queremos o estádio Mané Garrincha!

A história não pode apagar e o Mané faz parte dela exemplo de luta garra e de parceria, levou geraçoes ao delírio,faz parte de nossa história.

Mané é hístória nossa e que deixarermos com orgulho a nossos jovens para motivação que é ser parceiro, pensar no coletivo, sorrir com o brilho dos colegas.

Homem de vida sofrida, paradoxalmente gerou enormes alegrias, não só pelas conquistas que ajudou com brilho a construir, mas até no simples drible, desconcentrante, que postava ao chão inúmeros 'joões', para delírio da galera da geral.

Homenageá-lo, imortalizá-lo como nome de um estádio de futebol foi um tributo que não causou estranheza nenhuma, diferente de quando uma turma de burocratas, que nem de esporte gostam, resolvem a bel prazer, sem ouvir a ninguém do povo, sentados em suas cadeiras no ar-condicionado, dentro de seus ternos, escolher o nome de Nacional para o Estádio de Brasília.
Não concordamos, queremos ver ao chegar para torcer por nosso time, o nome dele, bem grande, escrito na entrada principal.

Deixem nossos ídolos em paz!
Hilda Suzana Veiga Settineri
*Bloddamilitância

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