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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, novembro 29, 2011

A UDN do Leblon


Já tivemos Gabriela melhor do que Juliana Paes 
Nirlando Beirão 
Periguete esforçada
Ela é uma atriz esforçada, a Juliana Paes. Sempre cabe bem no papel de periguete. O último foi no seriado O Astro.

Mas, de repente, recrutá-la para reviver na TV a Gabriela que já foi de Sonia Braga, aí, gente, já é esticar demais a corda, né, não?

Sonia Braga é uma diva. Sempre foi. É uma das raras atrizes da Globo que sabem que Stanislavski não é zagueiro da seleção tcheca. Que Chantilly não é só confeito de bolo. Que Primavera Árabe não é nome de coleção de moda desfilada em Paris.

Juliana Paes está fazendo campanha contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Xingu. Ela e mais um elenco de globetes, intelectuais da Barra da Tijuca, que aparecem na TV em anúncios pagos.

Claro que quem não poderia deixar de estar no time das reclamonas é a notável Maitê Proença.

Maitê, que por algum tempo estrelou o programa mais chato da TV mundial, o Saia Justa, foi aquela que, na campanha presidencial de 2010, “embora feminista”, atiçou “os machos selvagens” a “nos salvar da Dilma”.

A UDN do Leblon, sempre atrás de uma bandeira de raiva, agora elegeu uma hidrelétrica como pretexto. Gostaria de saber o que Juliana Paes sabe realmente de Belo Monte.

O meio ambiente é um tema charmoso para quem tem a profundidade política de um pires.

Tem gente decente na área, gente bem-intencionada, séria, estudiosa. No episódio Belo Monte, creio que os doutos da ecologia estejam enganados, mas reconheço o direito deles de espernear.

A incômoda verdade é: nenhuma terra indígena será alagada, o risco ambiental é nulo.

Os ecoxiitas – abrigados numa ONG de nome Movimento Gota d’Água aparentemente muito bem aquinhoada de recursos – cooptaram os rostinhos bonitos da Globo para dizer que no futuro a gente vai assistir às novelas graças à energia gerada por pás de vento.

Parece coisa daquele antigo Fidalgo de la Mancha, simpático mas também equivocado.

Brasil enriquece como nunca dantes


Brasil ganha 19 milionários por dia desde 2007, diz 'Forbes' 
Com a economia em forte expansão, o Brasil tem ganhado em média 19 milionários por dia desde 2007, segundo reportagem da "Forbes".

De acordo com a revista, esse cenário deverá continuar se repetindo pelos próximos três anos.

Os principais responsáveis por esse resultado, segundo a "Forbes", são o crescimento do consumo e a alta do PIB (Produto Interno Bruto).

Outro fator apontado é os altos salários pagos a executivos e bancários, que muitas vezes ultrapassam aqueles pagos nos Estados Unidos.

A reportagem cita uma conferência de bancos privados da América Latina, que ocorreu na semana passada. Nela, Guilhermo Morales, chefe de operações da portuguesa Millenium BCP, diz que o consumo no Brasil continua crescendo fortemente, aumentando a fortuna de varejistas, bancos e inúmeras indústrias.

"Há muitas companhias emergentes que estão crescendo muito rapidamente, especialmente no varejo, mas também na área de saúde, construção e outras indústrias básicas", disse.
 

Boni confessa manipulação do debate Lula x Collor


*esquerdopata

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