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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, novembro 22, 2011

Judeus são mesmos judeus?

Palavra da Bíblia
Ganhei uma bíblia, mas tive que assistir a missa.
O que acabou me remetendo à minha infância no Líbano quando era obrigado a assistir a missa todos os domingos.
Dos cinco aos nove anos de idade fui coroinha.
Explico: meu tio-avô era o padre da nossa aldeia.
Padre católico melquita, esclareça-se.
O sacerdote que me presenteou a Bíblia pediu para que eu lesse o capítulo que fala de Ruth.
Disse ao padre que já havia lido e relido a Bíblia, assim como também o Alcorão.
Ele insistiu para que eu lesse a história de Ruth.
Li e reli.
É impressionante como a gente deixa passar fatos tão importantes.
Repito, li, reli e conheço muitos trechos da Bíblia devidamente decorados, mas a leitura de Ruth me surpreendeu.
Principalmente quando descubro que ela não era judia, mas moabita.
Ruth, como os leitores do Livro Sagrado sabem, vem a ser Avó de David e bisavó de Salomão e, naturalmente de todos os seus descendentes, principalmente o mais nobre de todos, Jesus Cristo, o ilustre filho da Palestina.
E o que isso significa?
Tudo e muito mais.
Como se sabe, os judeus reconhecem como judeu somente quem nasce de mãe judia.
Em poucas palavras, Ruth era moabita, portanto David, Salomão e Jesus não são judeus.
É verdade que isso não teria a menor importância não fosse a avassaladora propaganda judaica, em nome deles e de Abraão, para justificar a invasão e a ocupação da Palestina.
E pesquisando ainda mais, não encontrei nenhuma escritura onde Deus oferece a Palestina ou qualquer pedaço de terra a Abraão e seus descendentes.
E se houve alguma oferta de Deus, ela sem dúvida alguma coube ao primogênito de Abraão, pois nas sociedades semíticas, o primogênito era sempre o herdeiro.
E o primogênito de Abraão como todos sabem foi Ismael, considerado o pai dos árabes.
Portanto meus amigos e de acordo com o Livro Sagrado, a Palestina ( incluindo Israel) sempre foi terra árabe e aos palestinos pertence.
Palavra da Bíblia.
Ou será que a Bíblia está equivocada?

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