Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 24, 2011

Obama e os perus

Obama perdoa perus
A tradição voltou a repetir-se na Casa Branca. O Presidente norte-americano, Barack Obama, perdoou dois perus antes do Dia de Acção de Graças, que se assinala amanhã.
No feriado, estas aves costumam ser o principal ingrediente no menu dos norte-americanos. Mas 'Liberdade', de 20 quilos, e 'Paz' foram salvos desse destino, indo passar o resto dos seus dias na propriedade de George Washington, em Mount Vernon (Virgínia).

A acompanhar o Presidente na cerimónia de perdão no Pórtico Norte da Casa Branca, estavam as filhas Malia, de 13 anos, e Sasha, de 10 anos.
Obama aproveitou a ocasião com humor, dizendo que o perdão aos perus é uma medida que pode tomar sem o apoio do Congresso (a Câmara dos Representantes está sob controlo republicano).

O Presidente referiu também que as aves foram treinadas antes de poder aparecer diante dos jornalistas, sendo sujeitas a ruídos altos e luzes fortes. "Mas a parte mais importante do treino mediático foi aprender a grugulejar sem dizer nada", afirmou Obama, provocando a gargalhada geral. 
 
Sete mortos em confrontos a 170 Km de Tripoli
Pelo menos sete pessoas foram mortas hoje e outras ficaram feridas em confrontos em Bani Walid, a 170 quilómetros a sudeste de Tripoli, após a morte de um automobilista perseguido por partidários do novo regime, noticiou a AFP.
A agência noticiosa francesa, que cita Mahmoud Werfelli, membro do Conselho Nacional de Transição (CNT), adianta que os confrontos começaram hoje de manhã entre partidários do antigo regime e os "thowar" (combatentes ex-rebeldes) de Bani Walid. "Os combates causaram sete mortos, cinco dos quais do lado dos "thowar" Soug Jomaa (um bairro da capital), que partiram para reforçar Bani Walid", um dos últimos bastiões do antigo regime líbio, acrescentou.
O Presidente do CNT, Mustapha Abdeljalil, confirmou os confrontos sem no entanto adiantar qualquer balanço sobre o número de vítimas. Segundo referiu, os confrontos começaram depois da morte de um automobilista numa perseguição de uma viatura suspeita e considerada perigosa.

Moral: nem todos têm a sorte de ser peru.


Ipse dixit.
*Informaçãoincorreta

Nenhum comentário:

Postar um comentário