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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 12, 2011

BRITÂNICOS ACREDITAM QUE ISRAEL ATACARÁ POVO DO IRÃ EM 60 DIAS

http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2009/01/14/article-1114982-030D18F6000005DC-814_468x578.jpg
Na imagem flagrante de desproporcional ataque isralense contra bairro civil em Gaza
Reuters
LONDRES - Citando fontes da "cúpula do governo" britânico, o jornal Daily Mail noticiou nesta quinta-feira, 10, que, segundo os cálculos de Londres, Israel lançará um ataque ao Irã em aproximadamente dois meses. A informação - qualificada de "duvidosa" pela imprensa israelense - vem à tona um dia após a agência atômica da Organização das Nações Unidas (ONU) lançar seu mais duro relatório contra Teerã, no qual acusa os iranianos de tentar fabricar uma bomba.
http://thewe.cc/thewei/&/&/images5/2006_war_photos/air_attack.jpe
Flagrante de ataque israelense contra população civis da aldeia libanesa de Aita Al-Shaab
http://www.qassam.ps/files/articles/42BCF9D183.jpg
Ataque massivo da forças aérea  israelense sobre a população indefesa da cidade de Gaza
http://exame.abril.com.br/assets/pictures/28475/size_590_leon-panetta-cia.jpg?1303935027


Na quinta, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta  (foto acima),  alertou que um ataque ao Irã pode ter "um sério impacto" involuntário na região. "É preciso ser cuidadoso com as consequências não desejadas (de uma ação contra Teerã). Elas poderiam não só fracassar em impedir que o Irã faça o que quer fazer, mas também ter um sério impacto sobre as forças americanas na região."
http://www.telemoveis.com/images/stories/david-cameron-internet.jpg
Integrantes do gabinete do primeiro-ministro David Cameron (foto acima), teriam sido avisados para aguardar um ataque de Israel ao Irã "em breve". "Esperamos que algo aconteça já no natal ou no começo do ano", teria afirmado uma fonte da Chancelaria britânica, citada pelo Daily Mail. Autoridades britânicas da área de inteligência teriam confirmado a informação.
http://www.tvcanal13.com/images/o-soldado-gilad-shalit-caminha-ao-lado-do-premie-de-israel-benjamin-netanyahu-no-centro-a-esquerda-do-ministro-da-defesa-ehud-barak-esquerda-e-do-chefe-de-gabinete-benny-g-74363.jpg
Há duas semanas, o jornal israelense Yediot Ahronot noticiou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estava tentando convencer seu gabinete a aprovar um amplo ataque contra instalações nucleares iranianas. Ele teria o apoio do ministro da Defesa, Ehud Barak.
Mas os chefes dos setores de inteligência e das Forças Armadas se oporiam ao uso da força contra 
http://awesomedc.files.wordpress.com/2009/12/iran-green-movement-sheikhi.jpg
Teerã. Em meio às especulações na imprensa, o Irã disse que "o regime sionista mia como um gato quando quer rugir como um leão". Na quinta, o mesmo Yediot Ahronot colocou em dúvida a "veracidade" da reportagem britânica.
http://zirzameen.com/blog/media/blogs/a/iran-election33.jpg
O relatório publicado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na quarta-feira faz duas acusações principais contra o Irã. Primeiro, o órgão da ONU afirma que iranianos não respeitaram as salvaguardas impostas e não colaboraram totalmente com os inspetores. 
http://www.liberal-international.org/contentFiles/images/iran2.jpg
Segundo, que cientistas iranianos podem estar desenvolvendo uma instalação para testes nucleares, detonadores atômicos e modelos virtuais para ogivas - ações que, se confirmadas, demonstrariam o objetivo militar do programa de Teerã.
Potências divididas
http://ndn2.newsweek.com/media/62/Tease.jpg
A República Islâmica reagiu furiosamente ao documento da AIEA. Segundo o chanceler iraniano, Ali Asghar Soltanieh, o relatório "não é profissional" e foi "ditado por Washington". 
http://www.davidicke.com/images/stories/November20110/zionist_bomb_art.jpg
Israel é o único País da região que ataca inpunimente outras nações - ao contrário do Irã - que possui um poderoso arsenal atômico real, que ignora a 'autoridade' fiscalizadora  da AIEA,  reafirmando com suas ações belicistas 'independentes' não dever obediência á nenhuma resolução da ONU, enquanto tiver o poder financeiro  que elegeu o atual e elegerá os futuros presidentes norte americanos.

http://correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2011/03/Yukiya+Amano.jpg
O governo do Irã ainda acusou o diretor-geral da AIEA, o japonês Yukiya Amano (foto acima), de ter violado o estatuto da agência atômica, ao revelar informações que haviam sido passadas pelo Irã sob condição de sigilo.
http://reddogreport.com/wp-content/uploads/2011/11/Obama-G-20-Cannes-600x432.jpg
EUA e países europeus afirmam que o relatório apresentado esta semana deve levar à adoção de medidas adicionais contra o governo iraniano. A União Europeia já estuda a possibilidade de adotar mais medidas unilaterais. Rússia e China, entretanto, já deram sinais de que não permitirão novas sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Teerã.

Clic aqui também:
documento BASTIDORES:
Independência da AIEA é posta em dúvidadocumento PARA ENTENDER: O que diz o relatório da AIEA
lista Veja as sanções já aplicadas contra o Irã
lista NA ÍNTEGRA: O relatório da AIEA (em inglês)
especialESPECIAL:
Tambores de guerra no Oriente Médio
especialESPECIAL: O programa nuclear do Irã
tabela HOTSITE:A tensão entre Israel e o Irã
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