BRITÂNICOS ACREDITAM QUE ISRAEL ATACARÁ POVO DO IRÃ EM 60 DIAS
Na imagem flagrante de desproporcional ataque isralense contra bairro civil em Gaza |
Reuters
LONDRES - Citando fontes da "cúpula do governo" britânico, o jornal Daily Mail noticiou nesta quinta-feira, 10, que, segundo os cálculos de Londres, Israel lançará um ataque ao Irã em aproximadamente dois meses. A informação - qualificada de "duvidosa" pela imprensa israelense - vem à tona um dia após a agência atômica da Organização das Nações Unidas (ONU) lançar seu mais duro relatório contra Teerã, no qual acusa os iranianos de tentar fabricar uma bomba.
Flagrante de ataque israelense contra população civis da aldeia libanesa de Aita Al-Shaab |
Ataque massivo da forças aérea israelense sobre a população indefesa da cidade de Gaza |
Na quinta, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta (foto acima), alertou que um ataque ao Irã pode ter "um sério impacto" involuntário na região. "É preciso ser cuidadoso com as consequências não desejadas (de uma ação contra Teerã). Elas poderiam não só fracassar em impedir que o Irã faça o que quer fazer, mas também ter um sério impacto sobre as forças americanas na região."
Integrantes do gabinete do primeiro-ministro David Cameron (foto acima), teriam sido avisados para aguardar um ataque de Israel ao Irã "em breve". "Esperamos que algo aconteça já no natal ou no começo do ano", teria afirmado uma fonte da Chancelaria britânica, citada pelo Daily Mail. Autoridades britânicas da área de inteligência teriam confirmado a informação.
Há duas semanas, o jornal israelense Yediot Ahronot noticiou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estava tentando convencer seu gabinete a aprovar um amplo ataque contra instalações nucleares iranianas. Ele teria o apoio do ministro da Defesa, Ehud Barak.
Mas os chefes dos setores de inteligência e das Forças Armadas se oporiam ao uso da força contra
Teerã. Em meio às especulações na imprensa, o Irã disse que "o regime sionista mia como um gato quando quer rugir como um leão". Na quinta, o mesmo Yediot Ahronot colocou em dúvida a "veracidade" da reportagem britânica.
O relatório publicado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na quarta-feira faz duas acusações principais contra o Irã. Primeiro, o órgão da ONU afirma que iranianos não respeitaram as salvaguardas impostas e não colaboraram totalmente com os inspetores.
Segundo, que cientistas iranianos podem estar desenvolvendo uma instalação para testes nucleares, detonadores atômicos e modelos virtuais para ogivas - ações que, se confirmadas, demonstrariam o objetivo militar do programa de Teerã.
Potências divididas
A República Islâmica reagiu furiosamente ao documento da AIEA. Segundo o chanceler iraniano, Ali Asghar Soltanieh, o relatório "não é profissional" e foi "ditado por Washington".
Israel é o único País da região que ataca inpunimente outras nações - ao contrário do Irã - que possui um poderoso arsenal atômico real, que ignora a 'autoridade' fiscalizadora da AIEA, reafirmando com suas ações belicistas 'independentes' não dever obediência á nenhuma resolução da ONU, enquanto tiver o poder financeiro que elegeu o atual e elegerá os futuros presidentes norte americanos. |
O governo do Irã ainda acusou o diretor-geral da AIEA, o japonês Yukiya Amano (foto acima), de ter violado o estatuto da agência atômica, ao revelar informações que haviam sido passadas pelo Irã sob condição de sigilo.
EUA e países europeus afirmam que o relatório apresentado esta semana deve levar à adoção de medidas adicionais contra o governo iraniano. A União Europeia já estuda a possibilidade de adotar mais medidas unilaterais. Rússia e China, entretanto, já deram sinais de que não permitirão novas sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Teerã.
BASTIDORES: Independência da AIEA é posta em dúvida PARA ENTENDER: O que diz o relatório da AIEA
Veja as sanções já aplicadas contra o Irã
NA ÍNTEGRA: O relatório da AIEA (em inglês)
ESPECIAL: Tambores de guerra no Oriente Médio
ESPECIAL: O programa nuclear do Irã
HOTSITE:A tensão entre Israel e o Irã
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