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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 03, 2011

Americanos mandam a Globo fazer campanha contra Belo Monte e exportam toneladas de gás lacrimogêneo para reprimir o povo pelo mundo...


Funcionários do porto de Suez se recusaram nesta segunda-feira (28/11) a assinar o recebimento de sete toneladas e meia de gás lacrimogêneo dos Estados Unidos, alegando que o gás seria utilizado contra os manifestantes da praça Tahrir.
Agencias de noticias locais publicaram o documento que identifica a carga de 479 barris programada para ser entregue ao Ministério do Interior. Os relatórios também informam que um segundo carregamento de 14 toneladas estaria previsto para ser entregue esta semana, totalizando mais de 20 toneladas do gás.

A mídia local já apelidou os funcionários do porto como "os cinco corajosos". Um comitê de avaliação investigará a razão que levou os funcionários a recusarem a execução de suas funções.
A noticia da chegada do gás agitou também as mídias sociais. “Bombas de gás lacrimogêneo são mais importantes que a importação de trigo para fazer pão”, disse um egípcio no twitter.

Cadê esses caras agora???
GrupoBeatrice

Âncora da BBC defende fuzilar grevistas

*Miro

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