Celac exige o fim do bloqueio norte-americano a Cuba
Pelo rompimento unilateral do bloqueio a Cuba, foi-se o tempo em que o império ditava os rumos da América Latina.
Os 33 países que formam a recém-nascida Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribe) expressaram neste sábado (03/12) sua "mais enérgica rejeição" ao bloqueio dos Estados Unidos a Cuba. Os países-membros exigem, em uníssono, que se ponha fim ao que consideram uma medida "coercitiva".
Em um documento especial assinado no final da cúpula constitutiva da Celac, em Caracas, o organismo reivindicou que o governo norte-americano "ponha um fim no bloqueio econômico, comercial e financeiro" que mantém contra Cuba desde 1962, por se contrapor ao direito internacional e em cumprimento de sucessivas resoluções da Assembleia Geral da ONU.
"Este bloqueio causa vários e injustificáveis danos ao bem-estar do povo cubano e afeta a paz e a convivência entre as nações americanas", continua o texto.
Os signatários da Celac consideraram o embargo como parte de medidas "coercitivas e unilaterais aplicadas por motivos políticos".
Para os 33 países latino-americanos e caribenhos, o bloqueio foi concebido para impedir" os cubanos a exercer seu direito de decidir, pela própria vontade, seus próprios sistemas políticos, econômicos e sociais.
O grupo também exortou o governo dos EUA a pôr fim à aplicação de leis "contrárias ao direito internacional" como a Helms-Burton, que reforça o embargo permitindo abrir processos contra as empresas estrangeiras que negociem com propriedades confiscadas dos norte-americanos pelo governo de Cuba.
Cuba é um dos 33 membros da Celac, o novo organismo de integração americano no qual não estão EUA e Canadá. A ilha também presidirá a cúpula de 2013, depois do Chile no próximo ano.
*Cappacete
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