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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, dezembro 08, 2011

TER CABELO CRESPO É...

 1-Ter de aturar sempre alguém querendo tocar no seu cabelo (geralmente desconhecidos).
2- Ser chamada/conhecida por nomes de artistas com o mesmo tipo de cabelo.
3-As pessoas acharem que você tem por obrigação curtir Reggae, "Aposto que você curte um Bob Marley, um baseado..."

4-Algum parente distante (ou muuuuito próximo) perguntar: "Quando você vai alisar?
" 5-Você ter que camuflá-lo, fazer escova e até ser mais radical e alisá-lo só para poder ser aceita no mercado de trabalho. Pois nosso tipo de cabelo muitas vezes é visto como cabelo mal cuidado, fora dos padrões, RUIM!
6-Lavar com shampoo, condicionador,
desembaraçar com os dedos, hidratar, passar leave-in, amassar, secar com toalhas próprias e ainda ter de ouvir que seu cabelo é muuuito prático "molhou & balançou" tá pronto! (isso quando não pensam que você nem lava e que você tem piolhos)
7-Ouvir que seu cabelo parece de palhaço, e se for vermelho ou algo parecido com esse tom então, prepare-se: você é o Ronald Mcdonalds. Sem contar nos apelidinhos menos poéticos como: assolan, árvore, cotonete de orelhão, capacete e etc.
8-Ficar p* da vida com o fator encolhimento.
9-Ter de aprender na marra a cortar e cuidar do seu próprio cabelo. Pois não existem muitos profissionais capacitados para lidar com esse "tipo" de cabelo.
10-Você finalmente encontrar "O" produto de cabelo, ser caro, você comprar mesmo assim. Ele super funcionar no começo e você não viver mais sem, depois como num passe de mágica... ele perder o efeito!
11-Pessoas perguntando se é peruca.
12-Sempre ouvir pessoas de cabelo liso e/ou alisado falando: "Queria ter o cabelo igual ao seu!" (se quer encrespa, oras!) 13-Você gastar 3 horas tentanto fazer o penteado afro "baphônico" que você viu num tutorial do youtube, e no fim ficar uma merda!
14-Ouvir o tio calvo falar que já usou esse tipo de cabelo no passado e você tentar imaginar como ele era.
15-Ficar com muita raiva quando descobre que alguém está usando os seus melhores produtos de cabelo.

16-Ter que ouvir que seu cabelo não é natural pelo simples fato de você tê-lo pintado, feito mechas e afins.
17-Sempre achar que o cabelo crespo das outras mulheres é mais bonito e brilha mais que o seu.
18-Testar um super penteado num dia despretensioso e na hora de executá-lo pra arrasar num evento, não dar certo.
19-Ver um espelho, checar o black e dar aquela minusciosa passada de mão, ajeitando para o alto.
20-Ser a única na festinha de aniversário a não usar chapéu.
21-Ser o centro das atenções por onde passa.
22-Ter receio de ir com o cabelo solto ao cinema.
23-Apesar disso tudo ter paciência, não ligar para o que falam ou pensam, e amar o seu cabelo crespo assim como Deus te deu. Cada dia mais e mais!

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