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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, dezembro 16, 2011
Triciclo para cadeirantes
Triciclo tem plataforma para acomodar cadeira de rodas. Veículo utiliza como base o Honda SH 125.
A oficina italiana Hyper Division acaba de criar um produto destinado a deficientes físicos que perderam a mobilidade dos membros inferiores ou foram amputados. Utilizando como base o scooter Honda SH 125i, a empresa desenvolveu o HDX3-125i destinado a cadeirantes. Para obter este resultado, os italianos transformaram o scooter em triciclo e desenvolveram uma plataforma na qual a cadeira de rodas pode ser acomodada e travada, possibilitando ao deficiente conduzir o veículo apenas com as mãos.
Para subir na rampa, o usuário faz uso de um controle remoto e sistema elétrico, garantindo total independência ao cadeirante. Equipado com transmissão automática, o acelerador do HDX3 fica no punho direito, enquanto o freio dianteiro está no manete direito e o traseiro no esquerdo, exatamente como em um scooter tradicional. Sua velocidade máxima é de 80 km/h e o peso a seco de 136 kg, segundo a fabricante.
O HDX3 possui motor de 1 cilindro, 4 tempos, com refrigeração líquida e injeção eletrônica, que possibilita alcançar potência máxima de 10,1 cv a 9.000 rpm e 1,17 mkgf a 7.000 rpm. Para garantir a mobilidade, a empresa instalou marcha ré elétrica na HDX3. Ainda existe a opção de equipar o modelo com motor menor de 50 cm³. O preço dos produtos não foi divulgado pela empresa.
*Deficienteciente
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