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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 12, 2012

Para 92% natalenses governo de Micarla de Sousa é "ruim" ou "péssima"Não é uma tarefa muito fácil alguém não ter sobrenome Alves nem Maia nesta terra de Reis.

 

 

 


Micarla Sousa (PV), foi eleita com o apoio do senador José Agripino (DEM-RN), a prefeita de Natal...

A prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), tornou-se um paradigma para a política nacional. Na semana passada, o Ibope fez uma pesquisa para as eleições municipais e aproveitou para perguntar aos natalenses como eles avaliavam a gestão da prefeita. Apenas 1% respondeu que a gestão era "ótima" ou "boa". Para 92% dos ouvidos, a gestão era "ruim" ou "péssima". Para efeito de comparação, a gestão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), é avaliada como ótima ou boa por 17% dos eleitores, enquanto 47% a consideram ruim ou péssima. Mas a impopularidade não abala Micarla. A prefeita é uma das raras moradoras da cidade que se diz "feliz" com a "gestão histórica":

- Vai ficar na história como um governo que cuidou de gente. Que não calçou ruas, mas asfaltou um monte de vidas. Acho que é um governo de transformação. Estou feliz, em paz comigo

Indagada sobre qual nota daria a seu período na prefeitura, completou:

Como dou muito valor a essa questão do humano, tanto que fiz essa opção, eu daria dez.

Micarla construiu sua carreira como apresentadora de TV e, em 2004 iniciou uma trajetória meteórica na política quando se elegeu vice-prefeita. Em 2006, conseguiu uma vaga de deputada estadual e dois anos depois chegou à prefeitura. Tão rápido quanto subiu, caiu. Com 14 meses de governo, sua gestão já era reprovada pela maioria.

Este ano, Micarla cogitou tentar a reeleição. Mas diz estar convencida a largar a vida pública e avalia que o principal motivo de suas dificuldades foi a falta de apoio das duas famílias que há décadas comandam a política potiguar, os Alves e os Maia.

Não é uma tarefa muito fácil alguém não ter sobrenome Alves nem Maia nesta terra de Reis.
*osamigosdopresidentelula

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