Greve Geral: vozes contra a austeridade vão ouvir-se em 20 países europeus
Vinte
países, entre os quais Portugal, vão juntar-se, na quarta-feira, à
jornada de luta europeia contra a austeridade e a favor do emprego, que
inclui greves, manifestações, ações de protesto e reuniões em várias
cidades da Europa.
Foto de Piquete Joven - Espanha, www.facebook.com/PiqueteJoven.
A jornada europeia de ação e
solidariedade, organizada pela Confederação Europeia dos Sindicatos
(CES), tem como lema "Pelo emprego e a solidariedade na Europa, não à
austeridade" e vai mobilizar cerca de 40 organizações sindicais.
Segundo a Lusa, além dos 20 países em
que as vozes contra a austeridade se vão fazer ouvir na quarta-feira, há
outros três que também se associam à jornada de luta, mas onde as ações
de protesto decorrerão mais tarde: Suíça (quinta-feira), Eslovénia e
República Checa (sábado, em ambos os casos).
"A jornada tem como objetivo transmitir
uma mensagem comum em defesa do crescimento e emprego e contra a
austeridade. Estou convencida de que se tivermos uma grande ação em toda
a Europa, tal poderá fazer a diferença", afirmou a secretária-geral da
CES, Bernadette Ségol, em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas.
Bernadette Ségol disse que "no final de
junho houve alguma esperança, porque a ideia de crescimento e emprego
foi reconhecida pelo Conselho Europeu". No entanto, "os atos não
seguiram as palavras" e a CES "não vê os governos a agir".
Momento histórico: uma greve geral ibérica e um protesto à escala da Europa
Para quarta-feira, estão marcadas greve
gerais de 24 horas contra a austeridade em Portugal e Espanha, enquanto
em Itália e na Grécia decorrerão paralisações de quatro e três horas,
respetivamente.Também em Vilnius, Lituânia, haverá uma greve, mas apenas
abrangerá o setor dos transportes.
Em várias cidades europeias decorrerão ações de protesto contra as políticas de austeridade e em defesa do emprego.
Na capital belga haverá uma manifestação
junto à Comissão Europeia e, em França, estão previstas 25
manifestações "pelo emprego e a solidariedade na Europa". Na Suíça,
estão agendadas manifestações junto a embaixadas e à representação
permanente da União Europeia e, na Polónia, decorrerão manifestações em
várias cidades "em defesa do trabalho digno".
Da Alemanha, Reino Unido, Holanda,
Áustria, Dinamarca e Suécia sairão mensagens de solidariedade para com
os trabalhadores dos países europeus que estão a ser afetados por
medidas de austeridade.
Na Bulgária, decorrerão em várias
cidades fóruns para discutir temas laborais, em Malta está previsto um
seminário sobre o emprego e na Letónia jovens sindicalistas serão
recebidos pelo presidente do parlamento para discutir o emprego e a
educação dos jovens.
Na Finlândia, os sindicatos organizam
várias ações para apelar ao respeito pelos trabalhadores na Europa e
farão chegar ao comissário europeu dos Assuntos Económicos um conjunto
de reivindicações, enquanto no Luxemburgo uma delegação sindical será
recebida pelo primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, que é também o
líder do Eurogrupo (ministros das Finanças da zona euro), para discutir
as alternativas que existem para sair da crise.
*Cappacete
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