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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, dezembro 25, 2012

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vai realizar a solenidade de instalação da Comissão da Verdade da UFRN

Revolucionários Eternamente.
Comissão da Verdade da UFRN será instalada nesta terça-feira, 18

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vai realizar a solenidade de instalação da Comissão da Verdade da UFRN, na terça-feira, 18, às 17h, no auditório Otto de Brito Guerra, na Reitoria. O objetivo é examinar e esclarecer as violações aos direitos humanos cometidas no período da Ditadura Militar no Brasil.

A Comissão da Verdade da UFRN vai apurar os abusos aos direitos humanos no período do Regime Militar, que foi de 1964 até 1985, investigando especialmente os crimes sofridos por membros da comunidade acadêmica, como professores, servidores e estudantes da UFRN.

A presidência da Comissão ficou a cargo do professor Carlos Roberto de Miranda, que juntamente com membros de diversos setores da Universidade, irá investigar e buscar os fatos ocorridos naquela época. As pesquisas serão baseadas em obras literárias, documentos internos e externos da UFRN, além de depoimentos de pessoas que viveram nesse período ou de conhecidos que sofreram alguma penalidade.

Outra questão que será abordada pela Comissão é a procura pelos documentos do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), que foi criada na Ditadura instaurada pelos militares no Brasil, com a função de manter o controle do cidadão, vigiar as manifestações políticas e exercer o papel de órgão policial. O DOPS deixou diversas informações como ofícios, relatórios, radiogramas e livros que hoje servem como pesquisa histórica.

Também será investigada a Assessoria de Segurança e Informações (SRI), que produzia documentos dentro dos ministérios civis e dos organismos e empresas federais.

* Fonte: Agecom/UFRN
* Via Tribuna do Norte
Comissão da Verdade da UFRN será instalada nesta terça-feira, 18
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vai realizar a solenidade de instalação da Comissão da Verdade da UFRN, na terça-feira, 18, às 17h, no auditório Otto de Brito Guerra, na Reitoria. O objetivo é examinar e esclarecer as violações aos direitos humanos cometidas no período da Ditadura Militar no Brasil.

A Comissão da Verdade da UFRN vai apurar os abusos aos direitos humanos no período do Regime Militar, que foi de 1964 até 1985, investigando especialmente os crimes sofridos por membros da comunidade acadêmica, como professores, servidores e estudantes da UFRN.

A presidência da Comissão ficou a cargo do professor Carlos Roberto de Miranda, que juntamente com membros de diversos setores da Universidade, irá investigar e buscar os fatos ocorridos naquela época. As pesquisas serão baseadas em obras literárias, documentos internos e externos da UFRN, além de depoimentos de pessoas que viveram nesse período ou de conhecidos que sofreram alguma penalidade.

Outra questão que será abordada pela Comissão é a procura pelos documentos do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), que foi criada na Ditadura instaurada pelos militares no Brasil, com a função de manter o controle do cidadão, vigiar as manifestações políticas e exercer o papel de órgão policial. O DOPS deixou diversas informações como ofícios, relatórios, radiogramas e livros que hoje servem como pesquisa histórica.

Também será investigada a Assessoria de Segurança e Informações (SRI), que produzia documentos dentro dos ministérios civis e dos organismos e empresas federais.

* Fonte: Agecom/UFRN
* Via Tribuna do Norte

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