Em uma situação como essa, se estivéssemos no governo do "Arrogante", o desemprego seria em massa e o salário do trabalhador, bom esse vocês já conhecem como funciona com o PSDB.
Internacional: Crise na Europa não dá sinais de melhora
Ameaça de saída da Grécia e piora espanhola assustam
Quando os fogos começarem a estourar, na meia-noite do dia 31, os europeus terão poucos motivos para celebrar pelos últimos 12 meses, e muito a desejar para 2013. Com altas taxas de desemprego e poucos sinais promissores de uma recuperação da crise que assola o continente há pelo menos três anos, espanhóis, portugueses e gregos, principalmente, viram suas economias encolherem ainda mais depois de adotarem as políticas de austeridade promovidas pela chanceler alemã Angela Merkel, em troca de ajuda financeira para pagamento das dívidas.Especialistas consultados durante todo o ano de 2012 pelo Jornal do Brasil se mostraram contrários às medidas de austeridade. O economista Fernando Sarti, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que sem investimento não haverá demanda para o crescimento. “A pouca competitividade das exportações, o alto nível de desemprego e o baixo consumo, devido à falência das famílias, continuará rebaixando o PIB e adiando o fim da crise”.
A população também se mostra insatisfeita com as políticas. Milhares de pessoas foram às ruas de Portugal e Espanha no dia 15 de setembro para protestar contra estas medidas impostas pela chamada Troika, formada pelo Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia.
A principal credora destes países é a Alemanha, que segue quase alheia aos problemas de seus vizinhos. Apesar de ter recentemente abaixado as expectativas de crescimento para 2012, o seu PIB ainda deverá se elevar em 1%, o mesmo nível do Brasil e muito acima do resto da Europa. Já a França, que elegeu François Hollande este ano, levantando expectativas de uma nova ordem econômica para o continente, de maiores gastos e investimentos, acabou sucumbindo às pressões alemãs de cortar custos.O parlamento francês aprovou no último dia 20, em definitivo, o orçamento para 2013, que prevê cerca de 20 bilhões de euros em aumento de impostos e 10 bilhões de cortes nas despesas. O desemprego no país já atinge 3 milhões de pessoas e a impopularidade de Hollande só faz crescer.
Portugal, que também pediu ajuda à Zona do Euro para sanar suas dívidas, e sofre com a recessão, foi outro que aprovou orçamento para o próximo ano. Em agosto, o país bateu recorde no desemprego, que atingiu 15% da população economicamente ativa.
Na Itália, o primeiro-ministro Mario Monti anunciou que deverá renunciar do cargo após a aprovação do Orçamento de 2013, depois que o partido de Silvio Berlusconi, PDL, retirou apoio a seu governo no Parlamento. As pressões econômicas também motivaram a rejeição à sua gestão, que continua enfrentando altas taxas de desemprego e recessão. Segundo estimativa dos bancos do país, o crescimento do PIB será negativo em 0,6%.
Grécia
A Grécia sofreu ameaças de saída da Zona do Euro durante todo o ano de 2012. A cada novo rumor, os mercados ao redor do planeta despencavam. Para os especialistas, a reação das bolsas é exagerada, mas a saída da Grécia do bloco é praticamente inevitável. Segundo o economista Pedro Paulo Bastos, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), as medidas de austeridade acabaram por aprofundar a crise no país, já que não incentivou investimentos, o que minou o consumo, a arrecadação tributária e a situação dos bancos, além de aumentar o endividamento do governo.
O caso do país é considerado o mais grave, já que os níveis de endividamento da nação ficam acima do Produto Interno Bruto (PIB) e a capacidade de se recuperar através da atividade econômica é menor. As dificuldades para que o parlamento grego entrasse em consenso e aprovasse as medidas de austeridade, enfrentando a oposição popular, também ameaçaram sua saída.
A previsão para este ano é que a economia do país retraia fortemente. O PIB já registrou forte queda de 7,2% no terceiro trimestre de 2012 na comparação com o mesmo período do ano anterior. O desemprego também subiu e situou-se nos 24,8%.
Espanha
Em março, a aprovação de um corte orçamentário de 27 bilhões de euros na Espanha provocou a ira da população. Em Madrid, cerca de 100 mil pessoas se reuniram para protestar, enquanto em Barcelona a revolta gerou conflitos com a política, que chegou a disparar balas de borracha para dispersar a multidão. O país tem o maior índice de desemprego da Zona do Euro. As últimas estatísticas apontam que 26,5% da População Economicamente Ativa do país está sem ocupação e mais da metade dos jovens não consegue encontrar emprego.
Um mês depois, em junho, agências internacionais de avaliação rebaixaram a nota de diversos bancos do país, depois do pedido de ajuda da Bankia por 19 bilhões ao governo para evitar a quebra. A ameaça de falência levantou medo sobre uma possível contaminação para outros países. No final, o governo espanhol acabou concedendo uma liberação de 100 milhões de euros para as instituições financeiras, o que foi desaprovado pelos especialistas ouvidos pelo JB.
O principal jornal da Espanha, El País, afirmou, em novembro, que a Espanha pedirá um novo empréstimo de até 42,5 bilhões de euros à União Europeia para salvar seus bancos. De acordo com a estimativa, 37 bilhões de euros seriam destinados para quatro entidades estatais e outros 2,5 bilhões para o banco Sareb. Outra quantia, entre 2 bilhões e 3 bilhões de euros, seria guardada para outras instituições com dificuldades para levantar capital ou vender filiais a preços razoáveis.
As políticas de enfrentamento da crise pelo governo do primeiro ministro, Mariano Lajoy, são alvo de críticas desde 2009, quando o país entrou oficialmente em recessão. A previsão para 2013 ainda é de crescimento negativo e poucos empregos.
A certeza é que, após a crise, os países não serão os mesmos.
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