Inflação vai diminuir a partir de abril, afirma Tombini
Em audiência no Senado, o presidente do Banco Central disse o pacote de ajustes das contas públicas tornará mais fácil será o controle inflacionário
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, prevê uma rápida recuperação da economia e redução nas taxas mensais de inflação registradas no primeiro trimestre, a partir de abril. Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (24), Tombini afirmou que tão logo o pacote de ajustes das contas públicas seja aprovado, mais fácil será o controle inflacionário.
Segundo ele, é mais eficaz para os cofres públicos cortar gastos que aumentar tributos. “Uma política fiscal bem calibrada, e quanto mais rápido for ajustada, facilita o trabalho do Banco Central. Tanto menor é o custo para a sociedade de uma política de reequilíbrio e consolidação. Tem de ser focada e rápida”, defendeu.
Tombini disse considerar “factível” retomar a taxa para o centro da meta da equipe econômica, de 4,5%, a partir de 2016. De acordo com ele, a inflação ainda é pressionada pelos preços internacionais, impactados pelo fortalecimento do dólar e dos preços administrados, como os de energia e gasolina.
“Há um alinhamento de politicas macroeconômicas. Isso contribui para aumentar potência da política monetária. O realinhamento dos preços administrados é significativo e concentrado no primeiro trimestre deste ano. Com isso, reduz-se as pressões à frente. O mercado de trabalho está menos tensionado”, justificou.
De acordo com o presidente do BC, são esperados para os próximos meses uma expansão do setor agropecuário e crescimento do setor de serviços, influenciados pelo crescimento, ainda que moderado, das demandas das famílias e aumento do crédito.
Segundo Tombini, a inflação dos primeiros meses deste ano e o processo de alta dos preços administrados, sofre influência, para cima, do “realinhamento dos preços domésticos em relação aos preços internacionais, em particular devido ao fortalecimento do dólar americano frente a várias moedas”.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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